quinta-feira, 19 de maio de 2011

Casa da Benção

Arca do Deus de Israel


A Arca Do Deus De Israel

Moisés levanta o tabernáculo

NÚMEROS 7: 89 Quando Moisés entrava na tenda da revelação para falar com o Senhor, ouvia a voz que lhe falava de cima do propiciatório, que está sobre a arca do testemunho entre os dois querubins; assim ele lhe falava.

1 No dia em que Moisés acabou de levantar o tabernáculo, tendo-o ungido e santificado juntamente com todos os seus móveis, bem como o altar e todos
os seus utensílios, depois de ungi-los e santificá-los,2 os príncipes de Israel, cabeças das casas de seus pais, fizeram as suas ofertas. Estes eram os príncipes das tribos, os que estavam sobre

os que foram contados. 3 Trouxeram eles a sua oferta

perante o Senhor: seis carros cobertos, e doze bois;

por dois príncipes um carro, e por cada um, um boi;

e os apresentaram diante do tabernáculo.4 Então

disse o Senhor a Moisés:5 Recebe-os deles, para

serem utilizados no serviço da tenda da revelação; e

os darás aos levitas, a cada qual segundo o seu

serviço:6 Assim Moisés recebeu os carros e os bois,

e os deu aos levitas.7 Dois carros e quatro bois deu

aos filhos de Gérson segundo o seu serviço;8 e

quatro carros e oito bois deu aos filhos de Merári,

segundo o seu serviço, sob as ordens de Itamar,

filho de Arão, o sacerdote.9 Mas aos filhos de Coate

não deu nenhum, porquanto lhes pertencia o serviço

de levar o santuário, e o levavam aos ombros.10 Os

príncipes fizeram também oferta para a dedicação do

altar, no dia em que foi ungido; e os príncipes

apresentaram as suas ofertas perante o altar.11 E

disse o Senhor a Moisés: Cada príncipe oferecerá a

sua oferta, cada qual no seu dia, para a dedicação

do altar.
A Arca Do Testamento
Êx.25:10 E Seg 30:6; Num.7.89; 1ºSm.4.4.

A Arca Do Testamento, Objeto Central Do Tabernáculo,

Era Construída De Pau De Cetim, Revestida De Ouro

Por Dentro E Por Fora. Tinha O Comprimento De

Cúbitos E Meio Correspondentes A 1 Metro E 22

Centímetro. 1 Cúbito E Meio De Largo, Ou 762

Milímetros; Com Igual Altura, Guarnecida Na Parte

Superior Com Moldura De Ouro Em Roda E Quatro

Argolas Também De Ouro, Duas De Cada Lado, Por Onde

Se Metiam Os Varais De Pau De Cetim Cobertos De Puro

Ouro Com As Mesmas Dimensões Dela E Chamava-Se

Propiciatório; Sobre Ele Foram Postos Dois Querubins

De Ouro, Trabalhados A Martelo, Um Em Cada

Extremidade, Os Quais Cobriam O Propiciatório Com As

Asas Estendidas, E As Faces Voltadas Um Para O

Outro, Simbolizavam Estes Querubins A Presença De

Jeová Que, Como Rei De Israel, Habitava No Meio De

Seu Povo, Entre Os Querubins, Donde Fazia Ouvir A

Sua Voz E Onde Se Encontrava Com Os Representantes

Do Povo. Êx.25:10 E Seg 30:6; Num.7.89; 1ºSm.4.4.

Servia Especialmente Para Guardar As Tábuas Da Lei,

Êx.25:21; 31:18; Dt.10:3,5, Ocupava O Centro Do

Centro Do Santo Dos Santos; Êx. 26:14.

Posteriormente Guardava Também Um Vaso Com Maná, E A

Vara De Arão, E A Seu Lado Se Conservou O Livro Da

Lei Êx.16:34; Nm.17:10; Dt.31.26; Hb.9.4. Nos Tempos

Da Confusão De Israel, Somente Existiam Na Arca As

Duas Tábuas Da Lei, 1ºRs.8.9. A Familia Dos Coatitas

Foi Encarregada De Guardar A Arca. Nm.3:29-31;

4:4-15. Os Sacerdotes Levitas Da Casa De Coate, Eram

Os Que A Conduziam Nas Ocasiões Especiais, Js.3:3;

6:6; 8:33; 2ºSm.15:24,29; 1ºRs.8:3.
A Marcha Do Povo
Nm.10:33

33 Assim partiram do monte do Senhor caminho de três

dias; e a arca do pacto do Senhor ia adiante deles,

para lhes buscar lugar de descanso.34 E a nuvem do

Senhor ia sobre eles de dia, quando partiam do

arraial.35 Quando, pois, a arca partia, dizia

Moisés: Levanta-te, Senhor, e dissipados sejam os

teus inimigos, e fujam diante de ti os que te

odeiam.36 E, quando ela pousava, dizia: Volta, ó

Senhor, para os muitos milhares de Israel.
A Marcha Do Povo, Saindo Do Sinai, Era Precedida

Pela Arca, Nm.10:33, Que Semelhante A Um Rei, No

Meio De Seu Exército, Indicava O Caminho A Seguir.

Os Sacerdotes Que A Acompanhavam Transmitiam As

Ordens De Jeová, Nm.10:5,6, E Êx.32:1; Dt.3:28;

10:11; 31:3 Chegados Que Foram Os Israelitas Ao

Jordão, Ali Parou A Arca, Até Que Todas As Tribos

Passassem Para O Outro Lado Do Rio, Js.4:9-11.

Durante O Cerco De Jericó, A Arca Passou Sete Vezes

Em Torno Da Cidade, Antes Da Queda De Seus Muros,

Js.6:1-20. Depois Da Passagem Do Jordão, A Arca

Esteve Em Gálgrala. Donde Passou A Silo, 1ºSm.3:3.

No Tempo De Eli, Foi Levada Para O Campo De Batalha

Como Talismã Que Desse Aos Israelitas A Vitória

Contra Seus Inimigos, Os Filisteus, Que A

Capturaram, Contra Seus Inimigos, Os Filisteus, Que

A Capturaram, 1ºSm.4:1-32, Devolvendo-A Logo Depois

Para O Território Dos Hebreus, 1ºSm.5:1, Até O

Cap.6:11. Esteve Sucessivamente Em Betesames, Cujos

Habitantes Foram Punidos Por A Terem Visto, 6:12-20.

Vide Betesemes, Em Queriate-Jearim, 7:12.

II SAMUEL [6]
E Em Perez-Uzá, Que Quer Dizer, O Castigo De Osa,

1 Tornou Davi a ajuntar todos os escolhidos de

Israel, em número de trinta mil.
2 Depois levantou-se Davi, e partiu para Baal-Judá

com todo o povo que tinha consigo, para trazerem

dali para cima a arca de Deus, a qual é chamada pelo

Nome, o nome do Senhor dos exércitos, que se assenta

sobre os querubins.
3 Puseram a arca de Deus em um carro novo, e a

levaram da casa de Abinadabe, que estava sobre o

outeiro; e Uzá e Aiô, filhos de Abinadabe, guiavam o

carro novo.4 Foram, pois, levando-o da casa de

Abinadabe, que estava sobre o outeiro, com a arca de

Deus; e Aiô ia adiante da arca.5 E Davi, e toda a

casa de Israel, tocavam perante o Senhor, com toda

sorte de instrumentos de pau de faia, como também

com harpas, saltérios, tamboris, pandeiros e

címbalos.6 Quando chegaram à eira de Nacom, Uzá

estendeu a mão à arca de Deus, e pegou nela, porque

os bois tropeçaram.7 Então a ira do Senhor se

acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali; e Uzá morreu

ali junto à arca de Deus.8 E Davi se contristou,

porque o Senhor abrira rotura em Uzá; e passou-se a

chamar àquele lugar, Pérez-Uzá, até o dia de hoje.9

Davi, pois, teve medo do Senhor naquele dia, e

disse: Como virá a mim a arca do Senhor?10 E não

quis levar a arca do Senhor para a cidade de Davi;

mas fê-la entrar na casa de Obede-Edom, o gitita.11

E ficou a arca do Senhor três meses na casa de

Obede-Edom, o gitita, e o Senhor o abençoou e a toda

a sua casa.12 Então informaram a Davi, dizendo: O

Senhor abençoou a casa de Obede-Edom, e tudo quanto

é dele, por causa da arca de Deus. Foi, pois, Davi,

e com alegria fez subir a arca de Deus, da casa de

Obede-Edom para a cidade de Davi.

E Em Perez-Uzá, Que Quer Dizer, O Castigo De Osa,

Nome De Um Dos Condutores Da Arca Que A Tocou,

Caindo Morto A Seu Lado, 2 Sm. 6:1-11; 1ºCr.13:1-14;

Nm.4:15,19,20. Deste Lugar Seguiu Para Jerusalém, 2º

Sm.6:12-23, Conduzida Pelos Sacerdotes E Pelos

Levitas, Js.3.13; 4:9; 6:4,6; 2ºSm.15:24,25,29;

1ºCr.15:1-15.Neste Lugar A Puseram Em Um Tabernáculo

Temporário, Preparado Por Davi, 2ºSm. 6:17; 7:12;

1ºCr.16:1,4-6, 37-43. Finalmente, Do Tabernáculo

Passou Para O Santo Dos Santos No Tempo De Salomão,

1ºRs.8:1-9. O Rei Josias Refere-Se A Ela Em

2ºCr.35:3, Porém Em Termos De Significação Obscura.

Desapareceu Por Ocasião De Ser Destruída A Cidade

Por Nabucodonosor E Desde Esse Tempo, Nunca Mais Se

Dá Noticia Dela. Eu Acredito Que O Senhor Deus

Preservou A Arca Da Aliança, Pois Sendo Ela Figura E

Replica Da Verdadeira Arca Do Senhor Que Se Encontra

No Céu, Eu Creio Que Deus Não Iria Deixar Cair Em

Mãos Humanas Pervertidas. Pois Como Já Estudamos

Alguém Tocou Nela E Foi Morto Na Hora. Imaginem Só

Se Os Soldados De Nabuconodosor Estivessem Pegado Ou

Escondido A Arca Eles Teriam Sido Fulminados Pelo

Senhor Dos Exércitos Pois A Sua Glória Repousava

Sobre A Sombras Das Asas Dos Querubins Dourados

Sobre O Propiciatório Da Arca. A Biblia Afirma Que

No Périodo Da Grande Tribulação Ao Tocar As

Trombetas E Ao Derramar Das Pragas Sobre A Terra . O

Sétimo Anjo Tocou A Trombeta, E Houve No Céu Grandes

Vozes, Dizendo: O Reino Do Mundo Se Tornou De Nosso

Senhor E Do Seu Cristo, E Ele Reinará Pelos Séculos

Dos Séculos. E Os Vinte E Quatro Anciões Que Se

Encontram Sentados No Seu Trono, Diante De Deus,

Prostaram-Se Sobre O Seu Rosto E Adoraram A Deus,

Dizendo: Graças Te Damos , Senhor Deus,

Todo-Poderoso, Que És E Que Eras, Na Verdade, As

Nações Se Enfureceram; Chegou, Porém, A Tua Ira, E O

Tempo Determinado Para Serem Julgados Os Mortos,

Para Se Dar O Galardão Aos Teus Servos, Os Profetas,

Aos Santos E Aos Que Temem O Teu Nome, Tanto Aos

Pequenos Como Aos Grandes, E Para Destruíres Os Que

Destroem A Terra. Abriu-Se, Então, O Santuário De

Deus, Que Se Acha No Céu, E Foi Vista A Arca Da

Aliança No Seu Santuário, E Sobrevieram Relâmpagos,

Vozes, Trovões, Terremotos E Grande Saraivada.

Apocalipse.11:15-19. Apocalipse. 4:1-11. É

Importante Associarmos Este Capitulo,4 Junto Com O

Capitulo 11 Do Apocalipse Para Ter Uma Visão Ampla

Do Santuário Eterno No Céu. Arca. A Arca Da Aliança

Era O Objeto Mais Santo Do Tabernáculo ( Êx.25:10-22

) Ficando Atrás Das Cortinas Do Tabernáculo.

Normalmente Era Escondido Da Visão.
A Revelação Desse Objeto Mais Oculto Significa Que

Deus Tem Revelado Sua Glória, Tanto A Glória Da Sua

Lei ( As Palavras Da Aliança ) Como A Da Sua

Misericórdia ( Simbolizada Pela Cobertura

Expiatória).

A arca da aliança (Hb 9:1-4)
Deus ordenou a Moisés que fizesse um tabernáculo no

deserto. Aquela foi a primeira representação terrena

do que poderíamos chamar de "casa de Deus". Ali

seriam realizados os cultos ao Senhor. Era no

tabernáculo que se faziam os sacrifícios e as

orações sacerdotais. No seu interior estava, entre

diversos utensílios, a Arca da Aliança, que era um

móvel de madeira, revestido com ouro puro. Sobre ela

estava o propiciatório, uma espécie de tampa em

forma de coroa, também de ouro. Sobre essa peça

havia dois querubins de ouro batido, colocados um de

frente para o outro e com suas asas estendidas sobre

a arca. Dentro dela foram colocados: um vaso com

maná, as tábuas da lei e a vara florescida de Aarão.

Enquanto que nos templos pagãos havia imagens dos

falsos deuses, no tabernáculo israelita havia a

arca, que representava a presença de Deus. Hoje, não

existe mais um tabernáculo no deserto, nem um templo

de pedras onde Deus possa habitar. O apóstolo Paulo

escreveu aos coríntios, dizendo que os cristãos são

tabernáculos e templos do Senhor. (I Cor. 3.16 e II

Cor. 5.1-4). Todas as pessoas são, potencialmente,

tabernáculos de Deus. Mas muitas são tabernáculos

vazios, pois não possuem a arca, não possuem a

presença de Deus em seus corações. O que seria do

tabernáculo de Moisés no deserto sem a arca da

aliança? Talvez pudesse ser confundido com um circo

ou com uma tenda qualquer. É a arca que faz a

diferença. É a presença de Deus em nós que justifica

nossa existência e dá sentido à nossa vida. Os

objetos colocados no interior da arca nos fazem

refletir sobre o que deve haver no nosso interior: O

maná - Este foi o alimento que Deus enviou para o

povo no deserto, ao qual chamavam de "pão do céu".

No evangelho de João, capítulo 6, o próprio Jesus se

compara ao maná, dizendo: "Eu sou o pão que desceu

do céu." Para que a presença de Deus possa estar na

vida de qualquer pessoa, o primeiro passo é receber

o Senhor Jesus como Salvador. Não existe outra

maneira de se estabelecer a aliança com Deus. Não há

nada que alguém possa fazer para se aproximar de

Deus, a não ser por meio de Jesus Cristo. Assim como

o maná sustentou o povo no deserto, Jesus é o

sustento para as nossas almas. Só nele a alma humana

encontra sua plena satisfação. A lei - As tábuas da

lei foram colocadas dentro da arca porque os

mandamentos constituíam o regulamento da aliança de

Deus com Israel. A lei é a Palavra de Deus. Se já

recebemos a Cristo em nossos corações, nossa próxima

providência deve ser a busca do conhecimento da

Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Como escreveu

Paulo: "A Palavra de Cristo habite abundantemente em

vossos corações". (Col. 3.16). A vara de Aarão -

Essa vara era um pedaço de pau, galho da amendoeira,

usado, provavelmente, para conduzir o rebanho.

Quando Deus quis dar um sinal ao povo, fez com que a

vara de Aarão, aquela madeira seca e velha,

produzisse brotos, flores e frutos. Isso é

extraordinário! Qual o significado da vara de Aarão

para nós? Poder de Deus, ação do Espírito Santo, de

maneira que o impossível acontece e maravilhas se

realizam. É o poder da ressurreição. Aleluia! O

sinal da vara de Aarão nos mostra a ação de Deus

quando já se pensa que é tarde demais. Se já

recebemos o Senhor Jesus e já temos adquirido o

conhecimento da Palavra de Deus, busquemos ainda o

batismo e o enchimento do Espírito Santo. Dessa

forma, nossa vida cristã não se resumirá em fé e

palavras, mas em manifestação do poder de Deus.

Notamos então que esses elementos contidos na arca

da aliança nos mostram o que é necessário para que

tenhamos a presença de Deus em nós e para que essa

presença atue em plenitude nas nossas vidas, de

maneira que nossa existência floresça e dê fruto.

Tudo isso estava dentro da arca. São experiências,

conhecimentos e compromissos interiores. É a

presença do Deus invisível no recôndito do nosso

espírito. A vida cristã é, antes de tudo, algo

interior. É como a vida que se encontra escondida

dentro de uma semente. A princípio, pode não ser

valorizada nem reconhecida. O cristianismo não se

firma sobre aparências exteriores. Suas bases estão

profundamente arraigadas no âmago das nossas almas.

Contudo, sua essência não ficará restrita aos

limites íntimos de cada um. A presença de Deus,

embora espiritual e invisível, transcende os

limiares do coração, e se manifesta nos frutos do

Espírito no nosso modo de viver. A semente se rompe

e a vida se revela, uma vez que não pode ser

contida. Que tenhamos em nós toda a plenitude de

Deus. Que sejamos santuários cheios da glória

celestial. Sendo assim, o poder de Deus se

manifestará e todos saberão que o Deus verdadeiro

habita no meio do seu povo. Amém

Estudo Feito Pelo Apóstolo Martins, Usando A Bíblia

De Estudo De Genebra, E A Pequena Enciclopédia

Bíblica De O. S. Boyer.E O Dicionário Da Bíblia

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Minha família no Altar de Deus!


O Pr.Francinildo Soares,convida você e sua família para participar da Reunião da Família todos os Domingos ás 19 hs,onde Deus tem restituído famílias.
Alguém na sua família está enfrentando problemas de álcool,drogas,perseguição de amantes ,etc...Então você não pode deixar de participar neste domingo e receber a oração forte contra toda obra do diabo.

terça-feira, 20 de abril de 2010

TIMÓTEO, UM LÍDER DIGNO DE SER IMITADO


- Timóteo foi um dos líderes mais destacado da igreja primitiva. Não que fosse forte em todas as áreas.

- Ele era jovem, tímido e doente, mas foi cooperador de Paulo e o continuador de sua obra.

- A esse jovem líder, o apóstolo Paulo escreveu duas de suas espístolas. Sua mãe era judia e seu pai grego (At 6.1).

- Timóteo tinha bom testemunho em sua cidade e também fora de seu domicilio (At 16.2).

- Timóteo foi educado à luz das Escrituras desde sua infância (2Tm 3. 14,15).

- Tanto sua avó Loide, como sua mãe Eunice eram mulheres comprometidas com Deus e com elas Timóteo aprendeu a ter fé sem fingimento desde a sua juventude (2 Tm 1.5).

- Em Filipenses capítulo 2. 19 a 24, o apóstolo Paulo nos fala de algumas características desse importante líder espiritual.

Vejamos quais são essas marcas:

1. Timóteo, um líder que cuida dos interesses do povo.

- O líder é um servo. Ele não visa seus próprios interesses, mas cuida dos interesses do povo de Deus.

- Timóteo não cuidava dos interesses do povo para alcançar com isso algum favor pessoal.

- Ele não usava as pessoas. Sua relação com as pessoas não era utilitarista.

- O apóstolo Paulo diz: “Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide dos vossos interesses” (Fp 2.20).

- Jesus foi o maior de todos os líderes e ele disse que não veio para ser servido, mas para servir.

- Quando seus discípulos disputavam entre si quem era o maior dentre eles, Jesus tomou a bacia e a toalha e lavou os pés dos dicípulos.

- Liderança cristã é influência por meio do serviço abnegado.

2. Timóteo, um líder de caráter provado.

- Timóteo era um homem de Deus. Sua vida estava centrada em Cristo. Ele era comprometido com as Escrituras, fiel a Cristo Jesus e dedicado à igreja.

- Timóteo não buscava glória para si mesmo. Ele não construía monumentos ao seu próprio nome. Ele buscava na igreja os interesses de Cristo.

- Paulo denuncia o fato de existirem na igreja homens que buscavam interesses próprios, porém Timóteo, diferente desses, buscava os interesses de Cristo.

- Leiamos o registro do apóstolo: “…pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus” (Fp 2.21).

3. Timóteo, um líder de caráter provado.

- Timóteo tinha zelo pela sua vida e também da doutrina. Ele era um homem consistente na teologia e na conduta.

- Seu caráter era provado.

- O apóstolo escreve: “E conheceis o seu caráter provado…” (Fp 2.22).

- Timóteo era um homem irrepreensível, que tinha bom testemunho dentro e fora da igreja.

- A vida do líder é a vida da sua liderança. Liderança não é apenas performace, mas sobre tudo, integridade.

- John Maxwell definiu liderança como influência. Um líder influencia sempre: para o bem ou para o mal.

- A liderança jamais é neutra. Um líder é bênção ou maldição.

- Timóteo era uma bênção, pois sua vida referendava seu ensino.

4. Timóteo, um líder consagrado à causa do evangelho.

- Timóteo não era um líder subserviente a homens.

- Ele servia ao evangelho. Paulo escreve: “…pois serviu ao evangelho, junto comigo, como filho ao pai” (Fp 2.22).

- Ele era servo de Deus, dedicado ao serviço do evangelho.

Quem serve a Deus não se submete aos caprichos dos homens.

Quem serve a Deus não depende de elogios nem teme as criticas.

Quem serve a Deus não anda atrás de holofotes.

- Servir a Deus é servir ao evangelho, é colocar a vida a serviço do reino de Deus na proclamação e ensino do evangelho.

- Estamos nos preparando para uma importante eleição de oficiais em nossa igreja.

- Que olhemos para o testemunho de Timóteo e busquemos em Deus a direção para a escolha da nossa liderança espiritual.

ANTES E DEPOIS DO CASAMENTO


PROPÓSITO DO SERMÃO

Mostrar que Deus está disposto a atuar diretamente em uma pessoa que lhe dá o primeiro lugar em sua vida antes e despois do casamento, para que o cônjuge seja uma ajuda, para a outra metade.

TEXTO: Gênesis 2:18


INTRODUÇÃO:

- Observemos como reagem as pessoas quando se lembram do seu casamento.

- Um grupo de produtores cinematográficos fizeram uma lista dos seis sons mais dramáticos, exibidos nos filmes, para ver como reagiriam os casais.

1. O primeiro choro de um bebé
2. O som de uma sirene
3. O estrondo das aguas entre as rochas
4. O bramido de um incêndio florestal
5. O gotejar suave da água
6. A Marcha Nupcial

- O grupo que escutou estes seis tipos de sons, o que lhes causou mais reações emocionais e agitação que todos os demais sons. Foi o som da Marcha Nupcial, os fez recordar alegria extrema, tristezas, ódio, rancor, aflições, decepções, solidão, traição, separação e divorcio.
Quando duas pessoas se apresentam diante do altar para “serem uma só carne” através do matrimonio, elas entram em uma das mais emocionantes associações no âmbito da experiência humana. Duas personalidades completamente diferentes se juntam para uma vida em comum, pensando que seu cônjuge seja sua ajuda e sua outra metade, ou seu maravilhoso complemento.

I. ANTES DO CASAMENTO EXISTEM DOIS FATORES IMPORTANTES A CONSIDERAR:

A. PRIMEIRO: AS SEMELHANÇAS NO ASPECTO SOCIOLOGICO

- Quanto mais os noivos se assemelham no aspecto sociológico, maiores possibilidades têm de ajudar-se mutuamente para assegurar um bom começo do casamento.

1. Uma formação religiosa semelhante é muito importante.
O índice de divórcios é mais de cinco vezes maior nos casamentos mistos.

Exemplo:

a. Depois que se casam, os crentes deixam de frequentar a igreja e de observar suas práticas religiosas individuais.

b. Quando nascem os filhos, estas diferenças parecem agravar-se. O abismo que os separa é muito grande.

c. Quando os filhos crescem, se dividem. Um segue o pai e o outro a mãe. Então o abismo é maior.

d. É melhor seguir o conselho bíblico de II Coríntios 6:4

2. Quando existem semelhanças nas perspectivas econômicas

“O amor resolve tudo”, não é tão certo, porque a metade dos que se casam tem um acordo razoavelmente equilibrado e uma compreensão comum quanto aos assuntos econômicos de como obter, gastar, economizar e usar o dinheiro.

- O outro 50% está em contínuos desacordos e chegam a conclusão que: quanto maior é a diferença neste assunto, mais difícil é o ajuste.

- Uma grande porcentagem de casamentos em vias de divorciar-se, estão com grandes dívidas econômicas.

3. Quando eles têm uma formação cultural semelhante.

a. Promove o diálogo animado e edificante
b. Aumenta a autoestima e a realização de ambos
c. Dão soluções sensatas aos problemas da vida
d. Como resultado os parentes estão mais satisfeitos

4. Quando existem semelhanças de interesses e de ideais.

a. Quando seus gostos e interesses são comuns, tem mais sentido de intimidade. Desfrutam da companhia um do outro. De maneira natural sentem prazer em participar das alegrias de seu companheiro. Tem sensação de bençãos e auto realização.

b. A diferença de idade entre 7, 10,15,20,30 anos torna mais difícil a convivência. Salvo honrosas exceções. Estas diferenças se manifestam em:

i. Pensamentos e criterios diferentes

ii. Gostos, sonhos e prazeres diferentes.

iii. Forma de atuar diferentes.

B. SEGUNDO: AS DIFERENÇAS NO ASPECTO BIOLÓGICO.

1. Polos opostos se atraem.

- Neste aspecto não funcionam as semelhanças nem a compatibilidade. Geralmente as pessoas se casam com seus opostos.

- De forma natural somos atraídos por pessoas que são fortes nos pontos em que nós somos fracos. Inconscientemente, procuramos o complemento com alguém que personifica o que não possuímos. Estamos em busca de complementação. Deus nos fez assim para que nossos pares nos possam complementar. Para que seja nossa outra metade.

Exemplo:

a. Um extrovertido se casa com uma introvertida
b. Uma impulsiva se casa com uma pessoa calma
c. Uma pessoa faladora se casa com uma tranquila
d. Um homem racional se casa com uma mulher sentimental

II. DEPOIS DO CASAMENTO AS DIFERENÇAS PODEM SEPARAR OU UNIR OS CÔNJUGES.

- As características que se complementam (polos opostos se atraem) vão estimular o casal, para iniciar o romance e chegar a um compromisso matrimonial.

- Pensando assim é que encontramos a outra metade. Por isso, mais tarde no casamento as diferenças separam ou aproximam.

A. AS DIFERENÇAS PODEM SEPARAR OU APROXIMAR

As três etapas do matrimonio:

* Romantismo
* As descobertas
* Superação ou Separação.

- Daremos atenção agora as descobertas.

- Nos dois primeiros anos de casamento se produzem as descobertas. Às vezes nos surpreendemos que as diferenças que se vão descobrindo pouco a pouco, em vez de atrair-nos ao outro, agora nos perturbam e tendem a separar-nos. Por quê?

1. Podemos usar as diferenças como um meio para nos unir mais e não para separar-nos.

2. É possível aceitar o nosso cônjuge como ele (a) é, com todas as suas qualidades (boas é ruins), para iniciar o delicado trabalho de eliminar as diferenças que os separam.

3. Se aprendermos a despertar nossos valores e virtudes com o poder de Jesus, para superar nossas própias fraquezas, então podería haver mais aproximação.

4. Cada um precisa do outro para encher o vazío de suas fraquezas em vez de dedicar tempo as brigas rotineiras.

Exemplo:

- Imagine um homem retraído, pensativo, acostumado a escolher cuidadosamente as palavras, que se casa con uma mulher de lingua rápida e vibrante até a ponta dos dedos. Quando alguém lhe faz alguma pergunta, o esposo não tem possibilidad de responder. Enquanto se detém a pensar, sua esposa dispara uma resposta com muita vivacidade.
Se isto se repete, o marido começa a sentir-se incomodado, sua autoestima baixa, e começam as brigas. O melhor sería para a mulher ficar calada e esperar que seu marido possa atuar do seu jeito.

CONCLUSÃO:

- Os componentes da desarmonía estão presentes em todo casamento.
São semelhantes a um virus que infeta tudo. Só é necessario alimentar nossas diferenças adotando atitudes equivocadas para que ela apareça.

A primeira atitude equivocada.

- Tentar mudar o cônjuge para que seja como “eu sou”. Mas a resposta que você terá será de resistencia rotunda a qualquer mudança.

- “Qualquer tentativa de mudar o cônjuge, em um esforço de ajustar o casamento a um padrão de nossa fantasia, é arrogancia da nossa parte e um insulto a nosso cônjuge. Isto separa, provoca rancor e causa uma solidão ainda maior.”

A segunda atitude errada.

- Acusar e apresentar continuas queixas ao cônjuge. Recorde que isso somente promove uma mudança forçada e acaba criando ressentimiento, hostilidade e separação.

A atitude certa

- Para diminuir as diferenças e realizar grandes mudanças, ambos os cônjuges devem sentir que são aceitaveis tal como são, e que apesar das diferenças se amam profundamente.

- Sem dúvida o amor humano é imperfeito, egoísta e instavel. Que bom sería se hoje tomassemos a decisão de encher-nos de Cristo cada dia como casados para que nosso amor imperfeito seja aperfeiçoado por ele, e assim podermos tirar as diferenças que nos separam um do outro, e unir-nos em Jesus cada dia. Assim o casamento terá melhores condições, para praticar a empatia, a humildade, o perdão e o desejo de melhorar com a ajuda de Deus. Ler Filipenses. 4:13


FONTE: http://opregadorfiel.blogspot.com/2010/04/antes-e-depois-do-casamento.html





*****************************

quinta-feira, 8 de abril de 2010


Esta mensagem lembra muito as palavras do salmista: “Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Sl 73.26). Quando João Batista recebeu no cárcere a confirmação de que Jesus Cristo era realmente o Messias aguardado, teve condições de esperar sua execução sem se desesperar, com o coração consolado.

Em Mateus 11.2-3 lemos: “Quando João ouviu, no cárcere, falar das obras de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe: És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?”

João Batista, cuja vida apontava para a vinda do Salvador, e, como mensageiro do Messias, tinha a incumbência de preparar o povo de Israel para receber o Ungido, estava preso num cárcere. Nessa aflição, enviou dois de seus discípulos a Jesus com a pergunta: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” De repente, o coração de João começou a ser assaltado por dúvidas: esse Jesus era de fato o Messias ou eles deveriam esperar outro? Por que ele começou a duvidar?


Quando viu que Jesus não libertava os judeus do jugo romano, e quando foi lançado no cárcere e esperava por sua execução, João Batista começou a duvidar da identidade de Jesus.


Quando ainda batizava no Jordão e Jesus veio ter com ele, João testemunhou com toda a clareza e com certeza inabalável: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1.29b). “...eu, de fato, vi e tenho testificado que ele (Jesus) é o filho de Deus” (v.34). Dois versículos adiante está escrito: “e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus!” (v.36). João não apenas cria em Jesus mas estava plenamente convicto de que esse Jesus era o Messias, o Filho de Deus, o Cordeiro de Deus – sem duvidar e sem vacilar!

Esperanças não-cumpridas...
...vêm acompanhadas de dúvidas. O que João Batista esperava de Jesus? Ele, os discípulos e todo o povo de Israel esperavam o Messias chegando com poder e glória, libertando Israel do jugo dos romanos e estabelecendo o prometido reino messiânico. Mas essa expectativa não estava se concretizando naqueles dias. Ao invés de experimentar triunfo, alegria e regozijo, João Batista foi preso, jogado no cárcere, subjugado e humilhado. Por isso, em sua aflição e em suas dúvidas cruéis, João enviou dois de seus discípulos a Jesus para perguntar se Ele era o Messias prometido.

Seja como for, João dirigiu suas perguntas à pessoa certa. Ele sabia que somente Jesus poderia fornecer uma resposta confiável às dúvidas que assaltavam seu coração, dando nova perspectiva à sua situação nada satisfatória.

Quando os dois discípulos, por ordem de João Batista, perguntaram se Jesus era o Messias prometido ou se deveriam esperar outro, Ele lhes respondeu: “Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (Mt 11.4-6).

Essa era uma resposta que esclarecia e elucidava o assunto. Mas por que ela foi tão minuciosa e tão bem explicada? Será que Jesus não poderia ter respondido com palavras mais breves e mais simples? Por que Ele não disse simplesmente aos enviados: “Digam a João: sim, eu sou o Messias!” Se Jesus tivesse respondido dessa forma, certamente João teria ficado satisfeito naquele momento. Mas depois de alguns dias, com a continuidade de sua aflição pessoal, as mesmas dúvidas voltariam a assaltar sua mente: “Será que Jesus mentiu para mim? Por que continuo na prisão? O que está acontecendo? Precisamos esperar por alguém ainda maior que Jesus?” Dúvidas, perguntas, questionamentos e mais dúvidas, assim como as encontramos com freqüência em muitos casos tratados no aconselhamento bíblico. E, muitas vezes, o resultado dessas dúvidas e questionamentos é a revolta contra Jesus! Não foi por acaso que Ele acrescentou à Sua resposta: “E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”.

Jesus respondeu de maneira bem diferente do que nós responderíamos e do que esperaríamos dEle. Sua resposta consistiu menos de palavras do que de obras. Ele mandou os discípulos olhar e ver o que estava acontecendo. Jesus também relacionou o que disse às declarações do profeta Isaías. Este havia profetizado que o Servo do Senhor, o Messias, iria pregar boas-novas e curar os quebrantados, sarar os cegos e os surdos e proclamar libertação aos cativos (Is 42.6-7,18; Is 61.1-2). Os dois discípulos de João viram todas essas coisas acontecendo diante de seus olhos. Mencionando tudo isso, Jesus deixou claro para João que Ele representava tudo o que havia sido profetizado acerca do Messias.


O que pesa em seu coração? Quais os seus questionamentos? Quais as suas dúvidas? O que deixa você insatisfeito?


Certeza e confiança através do cumprimento da profecia bíblica
A resposta de Jesus não foi uma declaração apenas de lábios, não foi um simples sim ou não. Sua resposta estava embasada em fatos incontestáveis, fatos que permitiam a verificação de Sua reivindicação de ser o Messias. Essa resposta representava mais do que milhares de respostas afirmativas:“Sim! Eu sou o Messias!” Agora João tinha certeza absoluta de que esse Jesus era realmente o Filho do Deus vivo e que ele não precisava esperar por mais ninguém!

Antes de ser preso, ele tinha clareza sobre o fato de Jesus ser o Cordeiro de Deus que levaria o pecado do mundo. Mas quando viu que Jesus não libertava os judeus do jugo romano, e quando ele mesmo foi lançado no cárcere e esperava por sua execução, começou a duvidar da identidade de Jesus. Através da resposta dEle, trazida por seus discípulos, foi reconduzido à sua certeza inicial de que Jesus, e nenhum outro, era o Messias.

Mesmo que suas expectativas não tivessem se concretizado, mesmo que sua situação pessoal não tivesse mudado e até piorado, João não se irou contra Deus nem se revoltou contra o Senhor. Ele estava na prisão e não sabia o que lhe traria o dia de amanhã. Sua incerteza em relação ao futuro continuava a mesma, mas apesar disso ele tinha condições de continuar calmo e tranqüilo. Como isso foi possível? Mesmo que a aflição fosse a mesma, a legítima Palavra de Deus vinda da boca de Jesus lhe concedeu força e consolo, esperança e certeza! Agora ele podia viver na convicção de que Jesus era o Messias e que a Palavra de Deus se cumpre – sempre! Diante dessa convicção nascida na fé, todos os outros assuntos perderam sua importância, e João conseguiu colocar todas as questões pessoais em segundo plano. Prisão ou palácio, riqueza ou pobreza, agora apenas uma coisa contava: somente Jesus!


“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições”.


Quais são as nossas expectativas? Qual a nossa esperança? O que nós aguardamos? Talvez você esteja decepcionado porque o Arrebatamento ainda não aconteceu. Você fica irado com Jesus porque continua desempregado? O que pesa em seu coração? Quais os seus questionamentos? Quais as suas dúvidas? O que deixa você insatisfeito? Jesus diz que “bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”. Certamente nós também temos muitas razões para estarmos satisfeitos, tranqüilos e consolados, para sermos gratos. Paulo escreveu palavras cheias de consolo aos cristãos em Filipos enquanto estava na prisão, não a partir de um palácio em Roma. Essas palavras até hoje trazem conforto e alento renovado também a nós, que seguimos o Cordeiro – a cada um de nós pessoalmente, independentemente das condições em que vivemos e do que estejamos passando: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4.4-7).

Deveríamos confortar e estimular uns aos outros continuamente com essas afirmações, assim como João se alegrou sobremaneira com as palavras que Jesus mandou dizer-lhe! Jesus é o Filho de Deus, Ele cuida de nós, a Palavra se cumpre e Cristo voltará como prometeu (Jo 14.2-3; veja 1 Ts 4.16-18). Até que estejamos para sempre na glória com Ele, pratiquemos o que está escrito em Filipenses 4.6: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições...” Então “a paz de Deus, que excede todo o entendimento” guardará nossos corações e nossas mentes “em Cristo Jesus” (v. 7). (Thomas Lieth - http://www.chamada.com.br)

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, abril de 2006.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Israel e o ARMAGEDOM


Um judeu cristão analisa certas interpretações de profecias de evangélicos conservadores envolvendo a nação de Israel nos tempos finais:

Israel e o Armagedom

O propósito deste artigo não é condenar o apoio dos EUA a Israel ou tentar resolver uma situação conflitante aparentemente insolúvel no Oriente Médio; antes, seu objetivo é passar em revista o que o Novo Testamento—especialmente o livro de Apocalipse—realmente diz a respeito de Israel, Jerusalém, e o Armagedom. Seria válida a noção de que Deus defenderá a moderna Jerusalém durante a última guerra sobre a Terra? Seria correta a insistente teologia cristã de Deus respaldando o moderno Estado de Israel?

Steve Wohlberg*

Da lista dos livros mais vendidos do jornal New York Times consta o Armageddon: The Cosmic Battle of Ages [Armagedom: A Batalha Cósmica das Eras], obra de no. 11 da série “Deixados Para Trás”. Lançado em 8 de abril de 2003, na esteira de uma campanha publicitária de 5 milhões de dólares, Armageddon é agora lido por todos os EUA por cristãos e “pesquisadores seculares” em busca de respostas em meio a uma América em “guerra contra o terror”. Em sua descrição do argumento básico do conteúdo do livro, o website www.Leftbehind.com retrata um remanescente final de crentes espalhados por todo o mundo sendo “atraídos inexoravelmente para o Oriente Médio, como todos os exércitos do mundo, quando a história avança rumo à batalha final de todas as eras”.

Embora seja uma ficção, Armageddon reflete uma teologia não-fictícia de milhões. O último campo de batalha da história: o Oriente Médio. Os combatentes derradeiros: o Anticristo versus judeus. A natureza do conflito: militar. O epicentro: um vale próximo de Jerusalém onde “todos os exércitos do mundo” convergirão para “a batalha final”.

Supostamente (pelo menos segundo livros semelhantes ao Armageddon, redes de TV como a CBN de Pat Robertson, e os filmes apocalípticos de elevados orçamentos como The Omega Code [O Código Omega]), as profecias finais da Bíblia girarão em torno do moderno Israel e a Jerusalém manchada de sangue. Durante os últimos momentos da história—de novo, supostamente—o Todo-Poderoso finalmente pulverizará os inimigos invasores de Israel, e defenderá o Seu povo escolhido, os judeus. Este cenário está sendo agora ensinado em círculos cristãos por todo o mundo.

A crença de que Deus por fim defenderá os judeus no Oriente Médio quando do Armagedom está tão fortemente enraizada na psiquê evangélica do século XXI que isso já se transferiu para o campo da política e tem até influenciado a postura governamental americana com relação ao estado judaico.[1] Não só os Estados Unidos apóiam Israel como uma democracia—o que devia mesmo fazer, como incontáveis cidadãos americanos, inclusive aqueles inspirados por tais interpretações proféticas, cristãos politicamente ativos em Washington D.C., crêem vigorosamente que se apoiarmos Israel, Deus nos apoiará. Da Califórnia a Nova York, por rádio ou TV, muitas vezes se ouve a asserção: “Quem abençoa Israel será abençoado, e quem amaldiçoa Israel, será amaldiçoado” (embora essa sentença exata nem conste da Bíblia).

Eu próprio sou judeu e, logicamente, amo o povo judeu. Mas também creio em Jesus Cristo como meu Messias e Salvador. Como qualquer cristão, também anelo ver a bênção de Deus descendo igualmente sobre judeus e árabes. O propósito deste artigo não é condenar o apoio dos EUA a Israel ou tentar resolver uma situação conflitante aparentemente insolúvel no Oriente Médio; antes, seu objetivo é passar em revista o que o Novo Testamento—especialmente o livro de Apocalipse—realmente diz a respeito de Israel, Jerusalém, e o Armagedom. Está o livro Armageddon correto em seu pressuposto central de que Deus defenderá a moderna Jerusalém durante a última guerra sobre a Terra? Seria válida a insistente teologia cristã de Deus respaldando Israel, ou poderia haver algum equívoco nessa visão?

Um Texto Chocante

Primeiro que tudo—e esta verdade tem implicações sísmicas—o Novo Testamento de fato descreve dois grupamentos identificados como Israel, não somente um. Paulo escreveu: “porque nem todos os de Israel são de fato israelitas” (Rom. 9:6). O que este impressionante texto significa? Observem detidamente. Ao falar dos que são “de Israel” a referência é ao povo pertencente à nação judaica literal. Mas somente porque pessoas são “de Israel”, ou judaicas, não significa necessariamente que de fato são “Israel”. Para tornar claro, Paulo declarou haver “um Israel segundo a carne” (1 Cor. 10:18) e um “Israel de Deus” (Gál. 6:6) centralizado em Jesus Cristo. E para simplificar mais ainda, chamarei ao primeiro grupo de Israel Um, e ao segundo grupo de Israel Dois.

Israel Um é composto de “israelitas” segundo a carne” (Rom. 9:3, 4), que se refere aos judeus literais que podem remontar sua linha hereditária a Abraão, mas que ainda não crêem em Cristo como o Messias. Bem marcadamente Paulo escreveu o seguinte: “Estes filhos de Deus não propriamente os da carne, mas devem ser considerados como descendência os filhos da promessa” (vs. 8). Assim, Israel Um, conquanto tenha uma maravilhosa herança religiosa, é constituído de pessoas que espiritualmente “não são filhos de Deus”. No sentido neotestamentário, “os filhos de Deus” aplicam-se somente àqueles que receberam a Jesus Cristo como Senhor (ver João 1:12).

Israel Dois, “o Israel de Deus” (Gál. 6:16) refere-se aos do grupo composto de judeus e não-judeus que, crendo no Crucificado, morreram para o eu e nasceram de novo (ver versos 14, 15). Esse grupo é chamado “o Israel de Deus” porque tem por centro a Deus, sendo formado de pessoas que tiveram uma genuína experiência com o Senhor. Tristemente, a maioria dos israelitas hoje não se enquadra nesta descrição.

Escrevendo a não-judeus, ou gentios, Paulo declarou: “Dessarte não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão, e herdeiros segundo a promessa” (Gál. 3:29, 29). Não percam de vista este ponto, pois é de suma importância. Esta passagem ensina que um gentio, se pertencer a Cristo, é misticamente incorporado à “semente de Abraão” que (segundo Isaías 41:8) é “Israel”. Em Gálatas 6 Paulo sumaria sua doutrina por dizer que qualquer um, circunciso ou incircunciso, se torna uma “nova criatura” mediante a fé em Jesus, passa a fazer parte do “Israel de Deus” (vss. 15 e 16). Pertence ao Israel Dois.

Aqui está a pergunta explosiva: Que grupo—Israel Um ou Israel Dois—é o enfoque dos céus no livro de Apocalipse? Seria o “Israel segundo a carne” (o moderno Israel) com sua capital atual de Jerusalém? Milhões de crentes conservadores que crêem nas profecias e que são politicamente ativos pensam assim. O livro Armageddon ensina isso. Entretanto, o que realmente diz o Apocalipse? A resposta não será descoberta casualmente, mas mediante um profundo estudo da Palavra de Deus.

Desvendando o Livro

Quando abrimos as misteriosas páginas do Apocalipse descobrimos predições a respeito do Monte Sião (14:1), das doze tribos de Israel (7:4-8), de Jerusalém (21:10), do Templo (11:19), de Sodoma e Egito (11:8), de Babilônia (17:5), do Rio Eufrates (16:12) e do Armagedom (16:16). Assim, o Apocalipse de fato emprega a terminologia e geografia do Oriente Médio.

Mas, esperem um minuto. Uma vez mais eis a importante pergunta: Deseja Deus que estas profecias sejam aplicadas a esses lugares literais do Oriente Médio e ao “Israel segundo a carne” centralizado na moderna Jerusalém (Israel Um)? Ou teria Ele a intenção de que as profecias quanto ao “Israel de Deus” sejam centralizadas em Jesus Cristo (Israel Dois)—isto é, a um Israel espiritual constituído tão-só de judeus e gentios nascidos de novo e espalhados por todo o mundo? Um grande número de eruditos bíblicos conservadores aplica as profecias do Apocalipse ao Israel Um e a localizações literais do Oriente Médio, mas é isso correto?

Comecemos desde o início do Apocalipse. O último livro bíblico é, em última instância “a revelação de Jesus Cristo” (Apo. 1:1). Jesus Cristo é a fonte, o centro, o intérprete. No capítulo 1, João estava “em Espírito”—não se esqueçam disso—quando viu a Jesus caminhando “no meio dos candeeiros” (vs. 13). A idéia dos sete candeeiros de ouro faz nossa mente remontar ao castiçal de sete braços dentro do Templo judaico antes de sua destruição no ano 70 AD pelo exército romano. Contudo, no Apocalipse os sete castiçais de ouro são claramente simbólicos.

O que representam? Explicando “o mistério”, o intérprete declarou: “Quanto ao mistério . . . [d]os sete candeeiros de ouro . . . os sete candeeiros são as sete igrejas” (vs. 20). Assim, no próprio primeiro capítulo do Apocalipse Jesus Cristo tomou algo extremamente judaico e o empregou para representar simbolicamente Sua igreja. Como veremos, este é o princípio interpretativo-chave para entender o livro inteiro.

Em Apocalipse 2:18, numa carta ditada “à igreja de Tiatira”, Jesus reprovou o Seu povo por permitir que “essa mulher Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem cousas sacrificada aos ídolos” (vs. 20). Jezabel foi uma ímpia mulher nos tempos do Velho Testamento que se introduziu em Israel e causou problemas. Estava Jesus dizendo que “Jezabel” havia reencarnado, ou ressuscitado, e estava literalmente ensinando o engano dentro de Tiatira? Obviamente não. Uma pequena reflexão revela que Ele empregou a palavra “Jezabel” como símbolo de um movimento maligno que estava afetando a Sua Igreja. Como no caso dos sete candeeiros de ouro, o Messias de Deus tomou algo da história judaica e aplicou-a a Sua Igreja, “o Israel de Deus”.

Em Apocalipse 3:7, 12, o intérprete celestial ditou outra carta para “a igreja de Filadélfia” na qual disse que um cristão podia tornar-se uma “coluna no templo de Meu Deus”, e ter um lugar na “cidade do Meu Deus, a Nova Jerusalém”. Não percam de vista o significado disso. Não somente Jesus mais uma vez emprega imagens do Templo judaico e as aplica simbolicamente a Sua Igreja, como identifica outra cidade, a “Nova Jerusalém”, como a real cidade de Deus. Essa cidade não será uma Jerusalém terrestre remodelada, com seus buracos de balas tapados e lavado o sangue dos suicidas transportadores de bombas. Esta “desce do céu” como indica o vs. 12.

Lembrem-se, no primeiro capítulo do Apocalipse, João estava “em espírito” (vs. 10) quando recebeu sua visão. De fato, por todo o Apocalipse ele estava “em espírito” (Apo. 4:2; 17:3; 21:10). Quando alguém está “em Espírito” vê mediante os olhos do Espírito Santo, em vez de fazê-lo pela visão carnal. Lembrem-se também que Paulo descreveu dois povos de Israel, um “segundo a carne”, e um em Cristo. Novamente, a pergunta é—qual Israel é o enfoque da “Revelação de Jesus Cristo”? Quando a obra-prima profética final de Deus fala sobre Israel (7:4), o Monte Sião (14:1), Jerusalém (21:10), o Templo (11:19), Sodoma e Egito (11:8), Babilônia (17:5), Eufrates (16:12), e Armagedom (16:16), acaso isso se refere a lugares literais, “carnais”, terrenos, destruídos por guerras, no Oriente Médio?

O fato é que cada referência específica a “Jerusalém” no último livro de Deus diz respeito à Nova Jerusalém (3:12; 21:2) que se assenta sobre uma “grande e elevada montanha” (Monte Sião) (21:10; 14:1), que abriga “o templo de Deus . . . no céu” (11:19; 15:5; 16:1, 17) e é o lar final do “Israel” vitorioso (7:4) que segue o Cordeiro “por onde quer que vá” (14:4, 1). O inimigo da “Nova Jerusalém” de Deus é uma “grande cidade” chamada “Babilônia” (14:8; 17:5; 18:2), que “se assenta sobre muitas águas” (17:1) do “grande rio Eufrates” (16:12) até que a ira de Deus finalmente a destrói no Armagedom (16:16, 19).

O que está acontecendo aqui? Um pouco de reflexão, combinada com a iluminação do Espírito Santo, revela que o Apocalipse está engenhosamente utilizando a terminologia e ambientação do Oriente Médio num sentido muito particular, espiritual, celestial.

O Que É e Onde Se Encontra o Eufrates?

Diz a Bíblia: “Saiu, pois, o primeiro anjo e derramou a sua taça pela terra” (Apo. 16:2). Os que interpretam literalmente a terminologia do Oriente Médio—tal como Armagedom—em geral aplicam esta passagem a reis asiáticos marchando através do leito seco do rio para lançar balas contra os judeus no Armagedom. Um bem conhecido pregador radiofônico dos EUA sugeriu que uma represa turca poderia ser o meio de secar o rio.[2] Mas é disso realmente que trata Apocalipse 16:12?

A fim de compreender esta incrível profecia, devemos primeiro estudar algo de história bíblica a respeito do antigo Israel e da Babilônia literal. Em 605 AC “Nabucodonosor, rei de Babilônia” veio “a Jerusalém, e a sitiou” (Dan. 1:1). Jerusalém foi conquistada, Israel foi levado cativo por 70 anos (Dan. 9:2). Após 70 anos deu-se um impressionante conjunto de circunstâncias. O Eufrates foi secado, Babilônia foi conquistada a partir do oriente, e Israel libertado. Esta história forma o pano de fundo para uma verdadeira compreensão de Apocalipse 16:2.

A antiga Babilônia assentava-se sobre o Eufrates (Jer. 51: 63, 64). Um muro rodeava a cidade. O Eufrates fluía pelo meio de Babilônia, entrando e saindo da cidade mediante dois portões de ferro cujas barras desciam até o leito do rio. Quando esses dois portões eram fechados, bem como todas as outras entradas, Babilônia ficava virtualmente inexpugnável.

Em 538 AC, na noite da queda da antiga Babilônia, seu rei e súditos estavam embebedados com vinho (ver Dan. 5). E assim também os guardas que se esqueceram de fechar as portas duplas plenamente. Mais de 100 anos antes Deus havia predito a respeito de Babilônia e do Eufrates: “Eu secarei os teus rios” (Isa. 44:27). O Senhor até falou sobre Ciro, o homem que conquistou Babilônia, revelando: “Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita. . .” (Isa. 45:1). Ademais, Deus chamou a Ciro de seu “pastor” e “seu ungido” (Isa. 44:28; 45:1). Destarte, Ciro foi um tipo de Jesus Cristo. E ele veio “do oriente” (Isa. 46:11)!

Acha-se no Museu Britânico, em Londres, o famoso Cilindro de Ciro, que descreve como Ciro, um general de Dario, conquistou Babilônia. Ciro e seu exército cavaram valas rio acima ao longo do rio Eufrates, que desviaram a água. O rio gradualmente teve suas águas reduzidas ao percorrer Babilônia. Ninguém notou. Naquela noite, no auge da bebedeira de Belsazar (ver Dan.5), as águas baixaram ao ponto de permitir que Ciro e seus homens furtivamente adentrassem na cidade sob as portas duplas que haviam sido deixadas abertas. Rapidamente atacaram a condenada cidade, mataram o rei (vs. 30), e dominaram Babilônia. Depois Ciro emitiu o seu famoso decreto deixando Israel partir (Esdras 1). Os judeus estavam livres.

Engenhosamente, o livro de Apocalipse aplica o antigo relato desse evento com aguda força profética a outra “Babilônia” e a outra libertação a partir “do oriente”.

Como Interpretar “Babilônia”?

No Velho Testamento a batalha era claramente entre a nação literal de Israel e a Babilônia literal (Dan. 1). No Apocalipse também encontramos uma luta entre “Israel” e “Babilônia” (7:4; 14:1, 8). Como muitos de nós bem sabemos, em sua maioria os ensinadores de profecias aplicam isto, pelo menos a parte que diz respeito a “Israel”, aos judeus literais da Margem Ocidental. Mas sejamos coerentes: o que dizer a respeito de “Babilônia”? Aplica-se isso à reedificação da cidade ao sul de Bagdá? Alguns dizem que sim. A evidência sugere algo diferente.

Em Apocalipse 17 um luminoso anjo instruiu a João: “Veio um dos sete anjos que têm as sete taças, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas”. (vs. 1). João estava “em espírito” (vs. 3) quando recebeu esta profecia. Assim, devemos estar “em espírito” para interpretá-la corretamente.

O nome da mulher é “Mistério: Babilônia”. A palavra “mistério” é significativa. Em Apocalipse 1 o verdadeiro intérprete, Jesus Cristo, empregou a mesma palavra referindo-se à imagem judaica do castiçal de sete braços com relação a Sua igreja. Em Apo. 17 a mesma palavra é aplicada ao inimigo de Sua Igreja, ao “Mistério: Babilônia”. E essa “Babilônia” não tem aplicação à antiga cidade cujos tijolos secados ao sol agora estão embranquiçados pelo tempo ao sul de Bagdá.

Nos dias do Velho Testamento Babilônia literal assentava-se sobre o rio Eufrates literal. Na “revelação de Jesus Cristo” o “Mistério: Babilônia” também se assenta “sobre muitas águas” (Apo. 17:1), contudo essas águas não se referem ao barrento Rio Eufrates que agora atravessa o moderno Iraque. O intérprete angélico junto a João oferece esta divina e explosiva interpretação: “Mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas”.

Segundo o anjo-intérprete as “muitas águas” do Eufrates do Apocalipse representam “povos” por todo o planeta Terra que agora dão apoio ao “Mistério: Babilônia”. Estão “embriagados com o vinho de sua devassidão” (vs. 2). O vinho obviamente é simbólico, bem como a “devassidão” O “vinho” representa as falsas doutrinas de Babilônia, enquanto sua “devassidão” [“fornicação”, segundo a Versão King James] se aplicava a sua união ilegítima com “os reis da Terra” (vs. 2).

“Mistério: Babilônia” é também “uma mulher” (vs. 3), que em profecia representa uma igreja. Deus compara o Seu povo a uma “noiva” que “se ataviou” (Apo. 19:7-9). A mulher babilônica também caiu (Apo. 14:8). Isso deve representar que “Mistério: Babilônia” no Apocalipse representa uma igreja globalmente apoiada que “caiu” de seu verdadeiro amor, Jesus Cristo, e da verdade bíblica. Contudo, Deus ainda tem um povo dentro de Babilônia, ao qual Ele chama “Meu povo”. Antes do último ato do drama da história, Ele o chama para “sair” de Babilônia (Apo. 18:4). Por quê? É porque o Rio Eufrates está destinado a secar.

“Derramou o sexto [anjo] a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol” (Apo. 16:12). O livro Armageddon, na linha do “deixados para trás” e inúmeras outras fontes aplicam esse secamento ao Eufrates literal, de modo que os exércitos asiáticos possam atacar à bala os judeus no Armagedom. O que, porém, diz a Bíblia que faz secar o rio? A Turquia? Não. A Palavra diz que o sexto anjo “derramou a sua taça”. Esta “taça” é uma das sete “taças da ira de Deus” (vs. 1). Destarte, é a ira de Deus, e não a Turquia, que seca o Eufrates! O que significa isso? Reparem bem—Se as “águas” representam “povos”, e se a taça da ira cai sobre as águas, então isso significa que a ira de Deus será finalmente derramada sobre povos que apóiam firmemente o “Mistério: Babilônia”.

Quando os juízos dos céus recaírem sobre as agitadas águas dos povos apoiadores de Babilônia, a realidade será inescapável. Perceberão que foram enganados. Daí “odiarão a meretriz, e a farão devastada e despojada, e lhe comerão as carnes, e a consumirão no fogo” (Apo. 17:16). Destarte seu apoio mal situado a um sistema falso desvanecerá. É assim que as águas de Babilônia secarão, preparando o terreno para “os reis” do oriente (Apo. 16:12).**

Nos tempos veterotestamentários, Ciro veio “do oriente” para conquistar Babilônia (Isa. 44:26-28; 46:11). A palavra oriente significa “sol nascente”, e o nome Ciro significa “sol”. Ciro não veio para atacar os judeus, mas para livrá-los, e, novamente, Ciro foi um tipo de Jesus Cristo, o “Sol da justiça” (Mal. 4:2). No Apocalipse, os anjos de Deus vêm do oriente (7:2), e o próprio Jesus declarou: “Porque assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do homem” (Mat. 24:27). Portanto, do modo como Ciro veio do oriente para libertar o Israel literal das garras de Babilônia literal, também o Rei Jesus descerá dos céus orientais com “os exércitos que há no céu” (Apo. 19:14) para vencer Babilônia espiritual e libertar “o Israel de Deus” (Israel Dois) no Armagedom.

O Que Dizer Sobre “Armagedom”?

Surpreendentemente, esta precisa palavra é empregada somente uma vez na Bíblia, em Apocalipse 16:16. O texto inspirado diz, “Então os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom”. Para dizer a verdade, não há um “lugar” literal em parte alguma da Terra que traga esse exato nome. É verdade que há um vale ao norte de Jerusalém que nos tempos bíblicos era chamado “Megido” (Juízes 5:19). Era um local onde os exércitos de Israel defrontaram inimigos em sangrentas batalhas. Em vista de que “Megido” tem o som aproximado de Armagedom, milhões presumem que é esse mesmo lugar onde se dará um confronto final contra os judeus. Todavia, é isso certo?

O “Armagedom” representa o auge, o clímax, a batalha final no Apocalipse. Será uma batalha militar no Oriente Médio?

Sejamos coerentes. Por todo o Apocalipse, como acima demonstrado, vimos como termos do Oriente Médio são empregados num sentido cristocêntrico, celestial, espiritual. Quando chega ao “Armagedom”, que é um termo que descreve a grand finale no maior livro simbólico já escrito, faria sentido que o último livro de Deus subitamente mudasse a temática de seu enfoque apontando a um local literal, baseado no Oriente Médio, ou a uma conflagração de alta tecnologia envolvendo russos, chineses, sírios e os judeus literais?

Não precisamos ficar a imaginar como seria isso. A resposta está no contexto de Apocalipse 16:16. Conquanto fuja ao escopo deste artigo discutir os detalhes, eis os principais pontos:

1. A batalha envolve “os reis do mundo inteiro” (vs. 14), o que possivelmente nem poderia ser acomodado no vale de Megido.

2. O enfoque do Apocalipse é “o santuário” do céu (vs. 17), não o Templo judaico a ser supostamente reedificado sobre a Terra.

3. Os efeitos do Armagedom são globais, muito além do Oriente Médio (vs. 18-20).

4. O sistema primário identificado como sendo destruído no Armagedom é a “Babilônia” espiritual (vs. 19), não a Rússia, China ou Síria.

Em essência, o “Armagedom” descreve a batalha final entre o Rei Jesus e Seus exércitos celestiais (Apo. 19:11-19) contra as forças satânicas mundiais e o Mistério: Babilônia. Por ocasião da Segunda Vinda o diabo perde, e seu reino global desaba. Jesus não precisa empregar armas nucleares contra Seus inimigos, mas somente Sua “espada de dois gumes” (Apo. 1:16; ver também Apo. 19:15), que representa a Sua Palavra de verdade (Efé. 6:17). Quando Cristo descer vindo do oriente Ele libertará “Israel” das igrejas de “Babilônia”. Mas a qual Israel Ele libertará? Segundo a temática central de todo o livro de Apocalipse, deve ser o “Israel de Deus” (Gál. 6:16) centralizado em Jesus Cristo cujo lar é a nova Jerusalém (Apo. 21:10).

O Oriente Médio permanece um barril de pólvora. A luta dos EUA contra os radicais muçulmanos prossegue. E não há solução terrena no horizonte. Em meio a esse ambiente de tão alta tensão, milhões de conservadores na América, cristãos politicamente ativos, acreditam que o próprio Deus não só está por detrás do moderno Israel, mas finalmente aniquilará os inimigos do Estado Judeu no Armagedom, uma idéia vigorosamente proclamada no livro Armageddon. Contudo, tal doutrina é contrária ao Novo Testamento.
Além disso, penso que o ensino é na verdade danoso, porque adiciona combustível aos fogos já ardentes na disputa de árabes e judeus. Os Estados Unidos não carecem disso na sua guerra contra o terror!

Um detido estudo da “revelação de Jesus Cristo” demonstra que a insistente teologia de cristãos conservadores respaldando Israel não é verdadeira. O enfoque do Apocalipse não é sobre “Israel segundo a carne” (Israel Um), mas sobre o “Israel de Deus” (Israel Dois) composto tanto de judeus quanto de gentios (inclusive árabes) que têm por centro a Jesus Cristo.

A paz verdadeira só pode ser encontrada num lugar, e é disponível a judeus, palestinos e cristãos da mesma forma. Acha-se ao pé da cruz, no coração de um Homem que nos ama a todos e que morreu pelo mundo inteiro.

___________

1. Ver Grace Halsell, Prophecy and Politics: The Secret Alliance Between Israel and the U.S. Christian Right (Lawrence Hill & Co., 1989).

2. Endtime Magazine, Irvin Baxter, janeiro/fevereiro de 1998, pág. 2.

* Steve Wohlberg é autor de Exploding the Israel Deception e outros livros. Ele é orador e diretor de Endtimes Insights Radio and TV Ministries. Quem desejar maiores informações sobre este tema da parte do autor pode dirigir-se a www.israelinprophecy.com ou dirigir-lhe um e-mail (em inglês) para .

** Numa época de caças bombardeiros supersônicos, mísseis intercontinentais, tropas aerotransportadas, veículos militares anfíbios, um rio literal não representa impedimento algum para modernos exércitos avançarem sobre território inimigo, como ficou mais do que claro na última Guerra do Golfo-II.



"Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor". -- Isaías 1:18.