terça-feira, 20 de abril de 2010

TIMÓTEO, UM LÍDER DIGNO DE SER IMITADO


- Timóteo foi um dos líderes mais destacado da igreja primitiva. Não que fosse forte em todas as áreas.

- Ele era jovem, tímido e doente, mas foi cooperador de Paulo e o continuador de sua obra.

- A esse jovem líder, o apóstolo Paulo escreveu duas de suas espístolas. Sua mãe era judia e seu pai grego (At 6.1).

- Timóteo tinha bom testemunho em sua cidade e também fora de seu domicilio (At 16.2).

- Timóteo foi educado à luz das Escrituras desde sua infância (2Tm 3. 14,15).

- Tanto sua avó Loide, como sua mãe Eunice eram mulheres comprometidas com Deus e com elas Timóteo aprendeu a ter fé sem fingimento desde a sua juventude (2 Tm 1.5).

- Em Filipenses capítulo 2. 19 a 24, o apóstolo Paulo nos fala de algumas características desse importante líder espiritual.

Vejamos quais são essas marcas:

1. Timóteo, um líder que cuida dos interesses do povo.

- O líder é um servo. Ele não visa seus próprios interesses, mas cuida dos interesses do povo de Deus.

- Timóteo não cuidava dos interesses do povo para alcançar com isso algum favor pessoal.

- Ele não usava as pessoas. Sua relação com as pessoas não era utilitarista.

- O apóstolo Paulo diz: “Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide dos vossos interesses” (Fp 2.20).

- Jesus foi o maior de todos os líderes e ele disse que não veio para ser servido, mas para servir.

- Quando seus discípulos disputavam entre si quem era o maior dentre eles, Jesus tomou a bacia e a toalha e lavou os pés dos dicípulos.

- Liderança cristã é influência por meio do serviço abnegado.

2. Timóteo, um líder de caráter provado.

- Timóteo era um homem de Deus. Sua vida estava centrada em Cristo. Ele era comprometido com as Escrituras, fiel a Cristo Jesus e dedicado à igreja.

- Timóteo não buscava glória para si mesmo. Ele não construía monumentos ao seu próprio nome. Ele buscava na igreja os interesses de Cristo.

- Paulo denuncia o fato de existirem na igreja homens que buscavam interesses próprios, porém Timóteo, diferente desses, buscava os interesses de Cristo.

- Leiamos o registro do apóstolo: “…pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus” (Fp 2.21).

3. Timóteo, um líder de caráter provado.

- Timóteo tinha zelo pela sua vida e também da doutrina. Ele era um homem consistente na teologia e na conduta.

- Seu caráter era provado.

- O apóstolo escreve: “E conheceis o seu caráter provado…” (Fp 2.22).

- Timóteo era um homem irrepreensível, que tinha bom testemunho dentro e fora da igreja.

- A vida do líder é a vida da sua liderança. Liderança não é apenas performace, mas sobre tudo, integridade.

- John Maxwell definiu liderança como influência. Um líder influencia sempre: para o bem ou para o mal.

- A liderança jamais é neutra. Um líder é bênção ou maldição.

- Timóteo era uma bênção, pois sua vida referendava seu ensino.

4. Timóteo, um líder consagrado à causa do evangelho.

- Timóteo não era um líder subserviente a homens.

- Ele servia ao evangelho. Paulo escreve: “…pois serviu ao evangelho, junto comigo, como filho ao pai” (Fp 2.22).

- Ele era servo de Deus, dedicado ao serviço do evangelho.

Quem serve a Deus não se submete aos caprichos dos homens.

Quem serve a Deus não depende de elogios nem teme as criticas.

Quem serve a Deus não anda atrás de holofotes.

- Servir a Deus é servir ao evangelho, é colocar a vida a serviço do reino de Deus na proclamação e ensino do evangelho.

- Estamos nos preparando para uma importante eleição de oficiais em nossa igreja.

- Que olhemos para o testemunho de Timóteo e busquemos em Deus a direção para a escolha da nossa liderança espiritual.

ANTES E DEPOIS DO CASAMENTO


PROPÓSITO DO SERMÃO

Mostrar que Deus está disposto a atuar diretamente em uma pessoa que lhe dá o primeiro lugar em sua vida antes e despois do casamento, para que o cônjuge seja uma ajuda, para a outra metade.

TEXTO: Gênesis 2:18


INTRODUÇÃO:

- Observemos como reagem as pessoas quando se lembram do seu casamento.

- Um grupo de produtores cinematográficos fizeram uma lista dos seis sons mais dramáticos, exibidos nos filmes, para ver como reagiriam os casais.

1. O primeiro choro de um bebé
2. O som de uma sirene
3. O estrondo das aguas entre as rochas
4. O bramido de um incêndio florestal
5. O gotejar suave da água
6. A Marcha Nupcial

- O grupo que escutou estes seis tipos de sons, o que lhes causou mais reações emocionais e agitação que todos os demais sons. Foi o som da Marcha Nupcial, os fez recordar alegria extrema, tristezas, ódio, rancor, aflições, decepções, solidão, traição, separação e divorcio.
Quando duas pessoas se apresentam diante do altar para “serem uma só carne” através do matrimonio, elas entram em uma das mais emocionantes associações no âmbito da experiência humana. Duas personalidades completamente diferentes se juntam para uma vida em comum, pensando que seu cônjuge seja sua ajuda e sua outra metade, ou seu maravilhoso complemento.

I. ANTES DO CASAMENTO EXISTEM DOIS FATORES IMPORTANTES A CONSIDERAR:

A. PRIMEIRO: AS SEMELHANÇAS NO ASPECTO SOCIOLOGICO

- Quanto mais os noivos se assemelham no aspecto sociológico, maiores possibilidades têm de ajudar-se mutuamente para assegurar um bom começo do casamento.

1. Uma formação religiosa semelhante é muito importante.
O índice de divórcios é mais de cinco vezes maior nos casamentos mistos.

Exemplo:

a. Depois que se casam, os crentes deixam de frequentar a igreja e de observar suas práticas religiosas individuais.

b. Quando nascem os filhos, estas diferenças parecem agravar-se. O abismo que os separa é muito grande.

c. Quando os filhos crescem, se dividem. Um segue o pai e o outro a mãe. Então o abismo é maior.

d. É melhor seguir o conselho bíblico de II Coríntios 6:4

2. Quando existem semelhanças nas perspectivas econômicas

“O amor resolve tudo”, não é tão certo, porque a metade dos que se casam tem um acordo razoavelmente equilibrado e uma compreensão comum quanto aos assuntos econômicos de como obter, gastar, economizar e usar o dinheiro.

- O outro 50% está em contínuos desacordos e chegam a conclusão que: quanto maior é a diferença neste assunto, mais difícil é o ajuste.

- Uma grande porcentagem de casamentos em vias de divorciar-se, estão com grandes dívidas econômicas.

3. Quando eles têm uma formação cultural semelhante.

a. Promove o diálogo animado e edificante
b. Aumenta a autoestima e a realização de ambos
c. Dão soluções sensatas aos problemas da vida
d. Como resultado os parentes estão mais satisfeitos

4. Quando existem semelhanças de interesses e de ideais.

a. Quando seus gostos e interesses são comuns, tem mais sentido de intimidade. Desfrutam da companhia um do outro. De maneira natural sentem prazer em participar das alegrias de seu companheiro. Tem sensação de bençãos e auto realização.

b. A diferença de idade entre 7, 10,15,20,30 anos torna mais difícil a convivência. Salvo honrosas exceções. Estas diferenças se manifestam em:

i. Pensamentos e criterios diferentes

ii. Gostos, sonhos e prazeres diferentes.

iii. Forma de atuar diferentes.

B. SEGUNDO: AS DIFERENÇAS NO ASPECTO BIOLÓGICO.

1. Polos opostos se atraem.

- Neste aspecto não funcionam as semelhanças nem a compatibilidade. Geralmente as pessoas se casam com seus opostos.

- De forma natural somos atraídos por pessoas que são fortes nos pontos em que nós somos fracos. Inconscientemente, procuramos o complemento com alguém que personifica o que não possuímos. Estamos em busca de complementação. Deus nos fez assim para que nossos pares nos possam complementar. Para que seja nossa outra metade.

Exemplo:

a. Um extrovertido se casa com uma introvertida
b. Uma impulsiva se casa com uma pessoa calma
c. Uma pessoa faladora se casa com uma tranquila
d. Um homem racional se casa com uma mulher sentimental

II. DEPOIS DO CASAMENTO AS DIFERENÇAS PODEM SEPARAR OU UNIR OS CÔNJUGES.

- As características que se complementam (polos opostos se atraem) vão estimular o casal, para iniciar o romance e chegar a um compromisso matrimonial.

- Pensando assim é que encontramos a outra metade. Por isso, mais tarde no casamento as diferenças separam ou aproximam.

A. AS DIFERENÇAS PODEM SEPARAR OU APROXIMAR

As três etapas do matrimonio:

* Romantismo
* As descobertas
* Superação ou Separação.

- Daremos atenção agora as descobertas.

- Nos dois primeiros anos de casamento se produzem as descobertas. Às vezes nos surpreendemos que as diferenças que se vão descobrindo pouco a pouco, em vez de atrair-nos ao outro, agora nos perturbam e tendem a separar-nos. Por quê?

1. Podemos usar as diferenças como um meio para nos unir mais e não para separar-nos.

2. É possível aceitar o nosso cônjuge como ele (a) é, com todas as suas qualidades (boas é ruins), para iniciar o delicado trabalho de eliminar as diferenças que os separam.

3. Se aprendermos a despertar nossos valores e virtudes com o poder de Jesus, para superar nossas própias fraquezas, então podería haver mais aproximação.

4. Cada um precisa do outro para encher o vazío de suas fraquezas em vez de dedicar tempo as brigas rotineiras.

Exemplo:

- Imagine um homem retraído, pensativo, acostumado a escolher cuidadosamente as palavras, que se casa con uma mulher de lingua rápida e vibrante até a ponta dos dedos. Quando alguém lhe faz alguma pergunta, o esposo não tem possibilidad de responder. Enquanto se detém a pensar, sua esposa dispara uma resposta com muita vivacidade.
Se isto se repete, o marido começa a sentir-se incomodado, sua autoestima baixa, e começam as brigas. O melhor sería para a mulher ficar calada e esperar que seu marido possa atuar do seu jeito.

CONCLUSÃO:

- Os componentes da desarmonía estão presentes em todo casamento.
São semelhantes a um virus que infeta tudo. Só é necessario alimentar nossas diferenças adotando atitudes equivocadas para que ela apareça.

A primeira atitude equivocada.

- Tentar mudar o cônjuge para que seja como “eu sou”. Mas a resposta que você terá será de resistencia rotunda a qualquer mudança.

- “Qualquer tentativa de mudar o cônjuge, em um esforço de ajustar o casamento a um padrão de nossa fantasia, é arrogancia da nossa parte e um insulto a nosso cônjuge. Isto separa, provoca rancor e causa uma solidão ainda maior.”

A segunda atitude errada.

- Acusar e apresentar continuas queixas ao cônjuge. Recorde que isso somente promove uma mudança forçada e acaba criando ressentimiento, hostilidade e separação.

A atitude certa

- Para diminuir as diferenças e realizar grandes mudanças, ambos os cônjuges devem sentir que são aceitaveis tal como são, e que apesar das diferenças se amam profundamente.

- Sem dúvida o amor humano é imperfeito, egoísta e instavel. Que bom sería se hoje tomassemos a decisão de encher-nos de Cristo cada dia como casados para que nosso amor imperfeito seja aperfeiçoado por ele, e assim podermos tirar as diferenças que nos separam um do outro, e unir-nos em Jesus cada dia. Assim o casamento terá melhores condições, para praticar a empatia, a humildade, o perdão e o desejo de melhorar com a ajuda de Deus. Ler Filipenses. 4:13


FONTE: http://opregadorfiel.blogspot.com/2010/04/antes-e-depois-do-casamento.html





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quinta-feira, 8 de abril de 2010


Esta mensagem lembra muito as palavras do salmista: “Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Sl 73.26). Quando João Batista recebeu no cárcere a confirmação de que Jesus Cristo era realmente o Messias aguardado, teve condições de esperar sua execução sem se desesperar, com o coração consolado.

Em Mateus 11.2-3 lemos: “Quando João ouviu, no cárcere, falar das obras de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe: És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?”

João Batista, cuja vida apontava para a vinda do Salvador, e, como mensageiro do Messias, tinha a incumbência de preparar o povo de Israel para receber o Ungido, estava preso num cárcere. Nessa aflição, enviou dois de seus discípulos a Jesus com a pergunta: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” De repente, o coração de João começou a ser assaltado por dúvidas: esse Jesus era de fato o Messias ou eles deveriam esperar outro? Por que ele começou a duvidar?


Quando viu que Jesus não libertava os judeus do jugo romano, e quando foi lançado no cárcere e esperava por sua execução, João Batista começou a duvidar da identidade de Jesus.


Quando ainda batizava no Jordão e Jesus veio ter com ele, João testemunhou com toda a clareza e com certeza inabalável: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1.29b). “...eu, de fato, vi e tenho testificado que ele (Jesus) é o filho de Deus” (v.34). Dois versículos adiante está escrito: “e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus!” (v.36). João não apenas cria em Jesus mas estava plenamente convicto de que esse Jesus era o Messias, o Filho de Deus, o Cordeiro de Deus – sem duvidar e sem vacilar!

Esperanças não-cumpridas...
...vêm acompanhadas de dúvidas. O que João Batista esperava de Jesus? Ele, os discípulos e todo o povo de Israel esperavam o Messias chegando com poder e glória, libertando Israel do jugo dos romanos e estabelecendo o prometido reino messiânico. Mas essa expectativa não estava se concretizando naqueles dias. Ao invés de experimentar triunfo, alegria e regozijo, João Batista foi preso, jogado no cárcere, subjugado e humilhado. Por isso, em sua aflição e em suas dúvidas cruéis, João enviou dois de seus discípulos a Jesus para perguntar se Ele era o Messias prometido.

Seja como for, João dirigiu suas perguntas à pessoa certa. Ele sabia que somente Jesus poderia fornecer uma resposta confiável às dúvidas que assaltavam seu coração, dando nova perspectiva à sua situação nada satisfatória.

Quando os dois discípulos, por ordem de João Batista, perguntaram se Jesus era o Messias prometido ou se deveriam esperar outro, Ele lhes respondeu: “Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (Mt 11.4-6).

Essa era uma resposta que esclarecia e elucidava o assunto. Mas por que ela foi tão minuciosa e tão bem explicada? Será que Jesus não poderia ter respondido com palavras mais breves e mais simples? Por que Ele não disse simplesmente aos enviados: “Digam a João: sim, eu sou o Messias!” Se Jesus tivesse respondido dessa forma, certamente João teria ficado satisfeito naquele momento. Mas depois de alguns dias, com a continuidade de sua aflição pessoal, as mesmas dúvidas voltariam a assaltar sua mente: “Será que Jesus mentiu para mim? Por que continuo na prisão? O que está acontecendo? Precisamos esperar por alguém ainda maior que Jesus?” Dúvidas, perguntas, questionamentos e mais dúvidas, assim como as encontramos com freqüência em muitos casos tratados no aconselhamento bíblico. E, muitas vezes, o resultado dessas dúvidas e questionamentos é a revolta contra Jesus! Não foi por acaso que Ele acrescentou à Sua resposta: “E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”.

Jesus respondeu de maneira bem diferente do que nós responderíamos e do que esperaríamos dEle. Sua resposta consistiu menos de palavras do que de obras. Ele mandou os discípulos olhar e ver o que estava acontecendo. Jesus também relacionou o que disse às declarações do profeta Isaías. Este havia profetizado que o Servo do Senhor, o Messias, iria pregar boas-novas e curar os quebrantados, sarar os cegos e os surdos e proclamar libertação aos cativos (Is 42.6-7,18; Is 61.1-2). Os dois discípulos de João viram todas essas coisas acontecendo diante de seus olhos. Mencionando tudo isso, Jesus deixou claro para João que Ele representava tudo o que havia sido profetizado acerca do Messias.


O que pesa em seu coração? Quais os seus questionamentos? Quais as suas dúvidas? O que deixa você insatisfeito?


Certeza e confiança através do cumprimento da profecia bíblica
A resposta de Jesus não foi uma declaração apenas de lábios, não foi um simples sim ou não. Sua resposta estava embasada em fatos incontestáveis, fatos que permitiam a verificação de Sua reivindicação de ser o Messias. Essa resposta representava mais do que milhares de respostas afirmativas:“Sim! Eu sou o Messias!” Agora João tinha certeza absoluta de que esse Jesus era realmente o Filho do Deus vivo e que ele não precisava esperar por mais ninguém!

Antes de ser preso, ele tinha clareza sobre o fato de Jesus ser o Cordeiro de Deus que levaria o pecado do mundo. Mas quando viu que Jesus não libertava os judeus do jugo romano, e quando ele mesmo foi lançado no cárcere e esperava por sua execução, começou a duvidar da identidade de Jesus. Através da resposta dEle, trazida por seus discípulos, foi reconduzido à sua certeza inicial de que Jesus, e nenhum outro, era o Messias.

Mesmo que suas expectativas não tivessem se concretizado, mesmo que sua situação pessoal não tivesse mudado e até piorado, João não se irou contra Deus nem se revoltou contra o Senhor. Ele estava na prisão e não sabia o que lhe traria o dia de amanhã. Sua incerteza em relação ao futuro continuava a mesma, mas apesar disso ele tinha condições de continuar calmo e tranqüilo. Como isso foi possível? Mesmo que a aflição fosse a mesma, a legítima Palavra de Deus vinda da boca de Jesus lhe concedeu força e consolo, esperança e certeza! Agora ele podia viver na convicção de que Jesus era o Messias e que a Palavra de Deus se cumpre – sempre! Diante dessa convicção nascida na fé, todos os outros assuntos perderam sua importância, e João conseguiu colocar todas as questões pessoais em segundo plano. Prisão ou palácio, riqueza ou pobreza, agora apenas uma coisa contava: somente Jesus!


“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições”.


Quais são as nossas expectativas? Qual a nossa esperança? O que nós aguardamos? Talvez você esteja decepcionado porque o Arrebatamento ainda não aconteceu. Você fica irado com Jesus porque continua desempregado? O que pesa em seu coração? Quais os seus questionamentos? Quais as suas dúvidas? O que deixa você insatisfeito? Jesus diz que “bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”. Certamente nós também temos muitas razões para estarmos satisfeitos, tranqüilos e consolados, para sermos gratos. Paulo escreveu palavras cheias de consolo aos cristãos em Filipos enquanto estava na prisão, não a partir de um palácio em Roma. Essas palavras até hoje trazem conforto e alento renovado também a nós, que seguimos o Cordeiro – a cada um de nós pessoalmente, independentemente das condições em que vivemos e do que estejamos passando: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4.4-7).

Deveríamos confortar e estimular uns aos outros continuamente com essas afirmações, assim como João se alegrou sobremaneira com as palavras que Jesus mandou dizer-lhe! Jesus é o Filho de Deus, Ele cuida de nós, a Palavra se cumpre e Cristo voltará como prometeu (Jo 14.2-3; veja 1 Ts 4.16-18). Até que estejamos para sempre na glória com Ele, pratiquemos o que está escrito em Filipenses 4.6: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições...” Então “a paz de Deus, que excede todo o entendimento” guardará nossos corações e nossas mentes “em Cristo Jesus” (v. 7). (Thomas Lieth - http://www.chamada.com.br)

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, abril de 2006.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Israel e o ARMAGEDOM


Um judeu cristão analisa certas interpretações de profecias de evangélicos conservadores envolvendo a nação de Israel nos tempos finais:

Israel e o Armagedom

O propósito deste artigo não é condenar o apoio dos EUA a Israel ou tentar resolver uma situação conflitante aparentemente insolúvel no Oriente Médio; antes, seu objetivo é passar em revista o que o Novo Testamento—especialmente o livro de Apocalipse—realmente diz a respeito de Israel, Jerusalém, e o Armagedom. Seria válida a noção de que Deus defenderá a moderna Jerusalém durante a última guerra sobre a Terra? Seria correta a insistente teologia cristã de Deus respaldando o moderno Estado de Israel?

Steve Wohlberg*

Da lista dos livros mais vendidos do jornal New York Times consta o Armageddon: The Cosmic Battle of Ages [Armagedom: A Batalha Cósmica das Eras], obra de no. 11 da série “Deixados Para Trás”. Lançado em 8 de abril de 2003, na esteira de uma campanha publicitária de 5 milhões de dólares, Armageddon é agora lido por todos os EUA por cristãos e “pesquisadores seculares” em busca de respostas em meio a uma América em “guerra contra o terror”. Em sua descrição do argumento básico do conteúdo do livro, o website www.Leftbehind.com retrata um remanescente final de crentes espalhados por todo o mundo sendo “atraídos inexoravelmente para o Oriente Médio, como todos os exércitos do mundo, quando a história avança rumo à batalha final de todas as eras”.

Embora seja uma ficção, Armageddon reflete uma teologia não-fictícia de milhões. O último campo de batalha da história: o Oriente Médio. Os combatentes derradeiros: o Anticristo versus judeus. A natureza do conflito: militar. O epicentro: um vale próximo de Jerusalém onde “todos os exércitos do mundo” convergirão para “a batalha final”.

Supostamente (pelo menos segundo livros semelhantes ao Armageddon, redes de TV como a CBN de Pat Robertson, e os filmes apocalípticos de elevados orçamentos como The Omega Code [O Código Omega]), as profecias finais da Bíblia girarão em torno do moderno Israel e a Jerusalém manchada de sangue. Durante os últimos momentos da história—de novo, supostamente—o Todo-Poderoso finalmente pulverizará os inimigos invasores de Israel, e defenderá o Seu povo escolhido, os judeus. Este cenário está sendo agora ensinado em círculos cristãos por todo o mundo.

A crença de que Deus por fim defenderá os judeus no Oriente Médio quando do Armagedom está tão fortemente enraizada na psiquê evangélica do século XXI que isso já se transferiu para o campo da política e tem até influenciado a postura governamental americana com relação ao estado judaico.[1] Não só os Estados Unidos apóiam Israel como uma democracia—o que devia mesmo fazer, como incontáveis cidadãos americanos, inclusive aqueles inspirados por tais interpretações proféticas, cristãos politicamente ativos em Washington D.C., crêem vigorosamente que se apoiarmos Israel, Deus nos apoiará. Da Califórnia a Nova York, por rádio ou TV, muitas vezes se ouve a asserção: “Quem abençoa Israel será abençoado, e quem amaldiçoa Israel, será amaldiçoado” (embora essa sentença exata nem conste da Bíblia).

Eu próprio sou judeu e, logicamente, amo o povo judeu. Mas também creio em Jesus Cristo como meu Messias e Salvador. Como qualquer cristão, também anelo ver a bênção de Deus descendo igualmente sobre judeus e árabes. O propósito deste artigo não é condenar o apoio dos EUA a Israel ou tentar resolver uma situação conflitante aparentemente insolúvel no Oriente Médio; antes, seu objetivo é passar em revista o que o Novo Testamento—especialmente o livro de Apocalipse—realmente diz a respeito de Israel, Jerusalém, e o Armagedom. Está o livro Armageddon correto em seu pressuposto central de que Deus defenderá a moderna Jerusalém durante a última guerra sobre a Terra? Seria válida a insistente teologia cristã de Deus respaldando Israel, ou poderia haver algum equívoco nessa visão?

Um Texto Chocante

Primeiro que tudo—e esta verdade tem implicações sísmicas—o Novo Testamento de fato descreve dois grupamentos identificados como Israel, não somente um. Paulo escreveu: “porque nem todos os de Israel são de fato israelitas” (Rom. 9:6). O que este impressionante texto significa? Observem detidamente. Ao falar dos que são “de Israel” a referência é ao povo pertencente à nação judaica literal. Mas somente porque pessoas são “de Israel”, ou judaicas, não significa necessariamente que de fato são “Israel”. Para tornar claro, Paulo declarou haver “um Israel segundo a carne” (1 Cor. 10:18) e um “Israel de Deus” (Gál. 6:6) centralizado em Jesus Cristo. E para simplificar mais ainda, chamarei ao primeiro grupo de Israel Um, e ao segundo grupo de Israel Dois.

Israel Um é composto de “israelitas” segundo a carne” (Rom. 9:3, 4), que se refere aos judeus literais que podem remontar sua linha hereditária a Abraão, mas que ainda não crêem em Cristo como o Messias. Bem marcadamente Paulo escreveu o seguinte: “Estes filhos de Deus não propriamente os da carne, mas devem ser considerados como descendência os filhos da promessa” (vs. 8). Assim, Israel Um, conquanto tenha uma maravilhosa herança religiosa, é constituído de pessoas que espiritualmente “não são filhos de Deus”. No sentido neotestamentário, “os filhos de Deus” aplicam-se somente àqueles que receberam a Jesus Cristo como Senhor (ver João 1:12).

Israel Dois, “o Israel de Deus” (Gál. 6:16) refere-se aos do grupo composto de judeus e não-judeus que, crendo no Crucificado, morreram para o eu e nasceram de novo (ver versos 14, 15). Esse grupo é chamado “o Israel de Deus” porque tem por centro a Deus, sendo formado de pessoas que tiveram uma genuína experiência com o Senhor. Tristemente, a maioria dos israelitas hoje não se enquadra nesta descrição.

Escrevendo a não-judeus, ou gentios, Paulo declarou: “Dessarte não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão, e herdeiros segundo a promessa” (Gál. 3:29, 29). Não percam de vista este ponto, pois é de suma importância. Esta passagem ensina que um gentio, se pertencer a Cristo, é misticamente incorporado à “semente de Abraão” que (segundo Isaías 41:8) é “Israel”. Em Gálatas 6 Paulo sumaria sua doutrina por dizer que qualquer um, circunciso ou incircunciso, se torna uma “nova criatura” mediante a fé em Jesus, passa a fazer parte do “Israel de Deus” (vss. 15 e 16). Pertence ao Israel Dois.

Aqui está a pergunta explosiva: Que grupo—Israel Um ou Israel Dois—é o enfoque dos céus no livro de Apocalipse? Seria o “Israel segundo a carne” (o moderno Israel) com sua capital atual de Jerusalém? Milhões de crentes conservadores que crêem nas profecias e que são politicamente ativos pensam assim. O livro Armageddon ensina isso. Entretanto, o que realmente diz o Apocalipse? A resposta não será descoberta casualmente, mas mediante um profundo estudo da Palavra de Deus.

Desvendando o Livro

Quando abrimos as misteriosas páginas do Apocalipse descobrimos predições a respeito do Monte Sião (14:1), das doze tribos de Israel (7:4-8), de Jerusalém (21:10), do Templo (11:19), de Sodoma e Egito (11:8), de Babilônia (17:5), do Rio Eufrates (16:12) e do Armagedom (16:16). Assim, o Apocalipse de fato emprega a terminologia e geografia do Oriente Médio.

Mas, esperem um minuto. Uma vez mais eis a importante pergunta: Deseja Deus que estas profecias sejam aplicadas a esses lugares literais do Oriente Médio e ao “Israel segundo a carne” centralizado na moderna Jerusalém (Israel Um)? Ou teria Ele a intenção de que as profecias quanto ao “Israel de Deus” sejam centralizadas em Jesus Cristo (Israel Dois)—isto é, a um Israel espiritual constituído tão-só de judeus e gentios nascidos de novo e espalhados por todo o mundo? Um grande número de eruditos bíblicos conservadores aplica as profecias do Apocalipse ao Israel Um e a localizações literais do Oriente Médio, mas é isso correto?

Comecemos desde o início do Apocalipse. O último livro bíblico é, em última instância “a revelação de Jesus Cristo” (Apo. 1:1). Jesus Cristo é a fonte, o centro, o intérprete. No capítulo 1, João estava “em Espírito”—não se esqueçam disso—quando viu a Jesus caminhando “no meio dos candeeiros” (vs. 13). A idéia dos sete candeeiros de ouro faz nossa mente remontar ao castiçal de sete braços dentro do Templo judaico antes de sua destruição no ano 70 AD pelo exército romano. Contudo, no Apocalipse os sete castiçais de ouro são claramente simbólicos.

O que representam? Explicando “o mistério”, o intérprete declarou: “Quanto ao mistério . . . [d]os sete candeeiros de ouro . . . os sete candeeiros são as sete igrejas” (vs. 20). Assim, no próprio primeiro capítulo do Apocalipse Jesus Cristo tomou algo extremamente judaico e o empregou para representar simbolicamente Sua igreja. Como veremos, este é o princípio interpretativo-chave para entender o livro inteiro.

Em Apocalipse 2:18, numa carta ditada “à igreja de Tiatira”, Jesus reprovou o Seu povo por permitir que “essa mulher Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem cousas sacrificada aos ídolos” (vs. 20). Jezabel foi uma ímpia mulher nos tempos do Velho Testamento que se introduziu em Israel e causou problemas. Estava Jesus dizendo que “Jezabel” havia reencarnado, ou ressuscitado, e estava literalmente ensinando o engano dentro de Tiatira? Obviamente não. Uma pequena reflexão revela que Ele empregou a palavra “Jezabel” como símbolo de um movimento maligno que estava afetando a Sua Igreja. Como no caso dos sete candeeiros de ouro, o Messias de Deus tomou algo da história judaica e aplicou-a a Sua Igreja, “o Israel de Deus”.

Em Apocalipse 3:7, 12, o intérprete celestial ditou outra carta para “a igreja de Filadélfia” na qual disse que um cristão podia tornar-se uma “coluna no templo de Meu Deus”, e ter um lugar na “cidade do Meu Deus, a Nova Jerusalém”. Não percam de vista o significado disso. Não somente Jesus mais uma vez emprega imagens do Templo judaico e as aplica simbolicamente a Sua Igreja, como identifica outra cidade, a “Nova Jerusalém”, como a real cidade de Deus. Essa cidade não será uma Jerusalém terrestre remodelada, com seus buracos de balas tapados e lavado o sangue dos suicidas transportadores de bombas. Esta “desce do céu” como indica o vs. 12.

Lembrem-se, no primeiro capítulo do Apocalipse, João estava “em espírito” (vs. 10) quando recebeu sua visão. De fato, por todo o Apocalipse ele estava “em espírito” (Apo. 4:2; 17:3; 21:10). Quando alguém está “em Espírito” vê mediante os olhos do Espírito Santo, em vez de fazê-lo pela visão carnal. Lembrem-se também que Paulo descreveu dois povos de Israel, um “segundo a carne”, e um em Cristo. Novamente, a pergunta é—qual Israel é o enfoque da “Revelação de Jesus Cristo”? Quando a obra-prima profética final de Deus fala sobre Israel (7:4), o Monte Sião (14:1), Jerusalém (21:10), o Templo (11:19), Sodoma e Egito (11:8), Babilônia (17:5), Eufrates (16:12), e Armagedom (16:16), acaso isso se refere a lugares literais, “carnais”, terrenos, destruídos por guerras, no Oriente Médio?

O fato é que cada referência específica a “Jerusalém” no último livro de Deus diz respeito à Nova Jerusalém (3:12; 21:2) que se assenta sobre uma “grande e elevada montanha” (Monte Sião) (21:10; 14:1), que abriga “o templo de Deus . . . no céu” (11:19; 15:5; 16:1, 17) e é o lar final do “Israel” vitorioso (7:4) que segue o Cordeiro “por onde quer que vá” (14:4, 1). O inimigo da “Nova Jerusalém” de Deus é uma “grande cidade” chamada “Babilônia” (14:8; 17:5; 18:2), que “se assenta sobre muitas águas” (17:1) do “grande rio Eufrates” (16:12) até que a ira de Deus finalmente a destrói no Armagedom (16:16, 19).

O que está acontecendo aqui? Um pouco de reflexão, combinada com a iluminação do Espírito Santo, revela que o Apocalipse está engenhosamente utilizando a terminologia e ambientação do Oriente Médio num sentido muito particular, espiritual, celestial.

O Que É e Onde Se Encontra o Eufrates?

Diz a Bíblia: “Saiu, pois, o primeiro anjo e derramou a sua taça pela terra” (Apo. 16:2). Os que interpretam literalmente a terminologia do Oriente Médio—tal como Armagedom—em geral aplicam esta passagem a reis asiáticos marchando através do leito seco do rio para lançar balas contra os judeus no Armagedom. Um bem conhecido pregador radiofônico dos EUA sugeriu que uma represa turca poderia ser o meio de secar o rio.[2] Mas é disso realmente que trata Apocalipse 16:12?

A fim de compreender esta incrível profecia, devemos primeiro estudar algo de história bíblica a respeito do antigo Israel e da Babilônia literal. Em 605 AC “Nabucodonosor, rei de Babilônia” veio “a Jerusalém, e a sitiou” (Dan. 1:1). Jerusalém foi conquistada, Israel foi levado cativo por 70 anos (Dan. 9:2). Após 70 anos deu-se um impressionante conjunto de circunstâncias. O Eufrates foi secado, Babilônia foi conquistada a partir do oriente, e Israel libertado. Esta história forma o pano de fundo para uma verdadeira compreensão de Apocalipse 16:2.

A antiga Babilônia assentava-se sobre o Eufrates (Jer. 51: 63, 64). Um muro rodeava a cidade. O Eufrates fluía pelo meio de Babilônia, entrando e saindo da cidade mediante dois portões de ferro cujas barras desciam até o leito do rio. Quando esses dois portões eram fechados, bem como todas as outras entradas, Babilônia ficava virtualmente inexpugnável.

Em 538 AC, na noite da queda da antiga Babilônia, seu rei e súditos estavam embebedados com vinho (ver Dan. 5). E assim também os guardas que se esqueceram de fechar as portas duplas plenamente. Mais de 100 anos antes Deus havia predito a respeito de Babilônia e do Eufrates: “Eu secarei os teus rios” (Isa. 44:27). O Senhor até falou sobre Ciro, o homem que conquistou Babilônia, revelando: “Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita. . .” (Isa. 45:1). Ademais, Deus chamou a Ciro de seu “pastor” e “seu ungido” (Isa. 44:28; 45:1). Destarte, Ciro foi um tipo de Jesus Cristo. E ele veio “do oriente” (Isa. 46:11)!

Acha-se no Museu Britânico, em Londres, o famoso Cilindro de Ciro, que descreve como Ciro, um general de Dario, conquistou Babilônia. Ciro e seu exército cavaram valas rio acima ao longo do rio Eufrates, que desviaram a água. O rio gradualmente teve suas águas reduzidas ao percorrer Babilônia. Ninguém notou. Naquela noite, no auge da bebedeira de Belsazar (ver Dan.5), as águas baixaram ao ponto de permitir que Ciro e seus homens furtivamente adentrassem na cidade sob as portas duplas que haviam sido deixadas abertas. Rapidamente atacaram a condenada cidade, mataram o rei (vs. 30), e dominaram Babilônia. Depois Ciro emitiu o seu famoso decreto deixando Israel partir (Esdras 1). Os judeus estavam livres.

Engenhosamente, o livro de Apocalipse aplica o antigo relato desse evento com aguda força profética a outra “Babilônia” e a outra libertação a partir “do oriente”.

Como Interpretar “Babilônia”?

No Velho Testamento a batalha era claramente entre a nação literal de Israel e a Babilônia literal (Dan. 1). No Apocalipse também encontramos uma luta entre “Israel” e “Babilônia” (7:4; 14:1, 8). Como muitos de nós bem sabemos, em sua maioria os ensinadores de profecias aplicam isto, pelo menos a parte que diz respeito a “Israel”, aos judeus literais da Margem Ocidental. Mas sejamos coerentes: o que dizer a respeito de “Babilônia”? Aplica-se isso à reedificação da cidade ao sul de Bagdá? Alguns dizem que sim. A evidência sugere algo diferente.

Em Apocalipse 17 um luminoso anjo instruiu a João: “Veio um dos sete anjos que têm as sete taças, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas”. (vs. 1). João estava “em espírito” (vs. 3) quando recebeu esta profecia. Assim, devemos estar “em espírito” para interpretá-la corretamente.

O nome da mulher é “Mistério: Babilônia”. A palavra “mistério” é significativa. Em Apocalipse 1 o verdadeiro intérprete, Jesus Cristo, empregou a mesma palavra referindo-se à imagem judaica do castiçal de sete braços com relação a Sua igreja. Em Apo. 17 a mesma palavra é aplicada ao inimigo de Sua Igreja, ao “Mistério: Babilônia”. E essa “Babilônia” não tem aplicação à antiga cidade cujos tijolos secados ao sol agora estão embranquiçados pelo tempo ao sul de Bagdá.

Nos dias do Velho Testamento Babilônia literal assentava-se sobre o rio Eufrates literal. Na “revelação de Jesus Cristo” o “Mistério: Babilônia” também se assenta “sobre muitas águas” (Apo. 17:1), contudo essas águas não se referem ao barrento Rio Eufrates que agora atravessa o moderno Iraque. O intérprete angélico junto a João oferece esta divina e explosiva interpretação: “Mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas”.

Segundo o anjo-intérprete as “muitas águas” do Eufrates do Apocalipse representam “povos” por todo o planeta Terra que agora dão apoio ao “Mistério: Babilônia”. Estão “embriagados com o vinho de sua devassidão” (vs. 2). O vinho obviamente é simbólico, bem como a “devassidão” O “vinho” representa as falsas doutrinas de Babilônia, enquanto sua “devassidão” [“fornicação”, segundo a Versão King James] se aplicava a sua união ilegítima com “os reis da Terra” (vs. 2).

“Mistério: Babilônia” é também “uma mulher” (vs. 3), que em profecia representa uma igreja. Deus compara o Seu povo a uma “noiva” que “se ataviou” (Apo. 19:7-9). A mulher babilônica também caiu (Apo. 14:8). Isso deve representar que “Mistério: Babilônia” no Apocalipse representa uma igreja globalmente apoiada que “caiu” de seu verdadeiro amor, Jesus Cristo, e da verdade bíblica. Contudo, Deus ainda tem um povo dentro de Babilônia, ao qual Ele chama “Meu povo”. Antes do último ato do drama da história, Ele o chama para “sair” de Babilônia (Apo. 18:4). Por quê? É porque o Rio Eufrates está destinado a secar.

“Derramou o sexto [anjo] a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol” (Apo. 16:12). O livro Armageddon, na linha do “deixados para trás” e inúmeras outras fontes aplicam esse secamento ao Eufrates literal, de modo que os exércitos asiáticos possam atacar à bala os judeus no Armagedom. O que, porém, diz a Bíblia que faz secar o rio? A Turquia? Não. A Palavra diz que o sexto anjo “derramou a sua taça”. Esta “taça” é uma das sete “taças da ira de Deus” (vs. 1). Destarte, é a ira de Deus, e não a Turquia, que seca o Eufrates! O que significa isso? Reparem bem—Se as “águas” representam “povos”, e se a taça da ira cai sobre as águas, então isso significa que a ira de Deus será finalmente derramada sobre povos que apóiam firmemente o “Mistério: Babilônia”.

Quando os juízos dos céus recaírem sobre as agitadas águas dos povos apoiadores de Babilônia, a realidade será inescapável. Perceberão que foram enganados. Daí “odiarão a meretriz, e a farão devastada e despojada, e lhe comerão as carnes, e a consumirão no fogo” (Apo. 17:16). Destarte seu apoio mal situado a um sistema falso desvanecerá. É assim que as águas de Babilônia secarão, preparando o terreno para “os reis” do oriente (Apo. 16:12).**

Nos tempos veterotestamentários, Ciro veio “do oriente” para conquistar Babilônia (Isa. 44:26-28; 46:11). A palavra oriente significa “sol nascente”, e o nome Ciro significa “sol”. Ciro não veio para atacar os judeus, mas para livrá-los, e, novamente, Ciro foi um tipo de Jesus Cristo, o “Sol da justiça” (Mal. 4:2). No Apocalipse, os anjos de Deus vêm do oriente (7:2), e o próprio Jesus declarou: “Porque assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do homem” (Mat. 24:27). Portanto, do modo como Ciro veio do oriente para libertar o Israel literal das garras de Babilônia literal, também o Rei Jesus descerá dos céus orientais com “os exércitos que há no céu” (Apo. 19:14) para vencer Babilônia espiritual e libertar “o Israel de Deus” (Israel Dois) no Armagedom.

O Que Dizer Sobre “Armagedom”?

Surpreendentemente, esta precisa palavra é empregada somente uma vez na Bíblia, em Apocalipse 16:16. O texto inspirado diz, “Então os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom”. Para dizer a verdade, não há um “lugar” literal em parte alguma da Terra que traga esse exato nome. É verdade que há um vale ao norte de Jerusalém que nos tempos bíblicos era chamado “Megido” (Juízes 5:19). Era um local onde os exércitos de Israel defrontaram inimigos em sangrentas batalhas. Em vista de que “Megido” tem o som aproximado de Armagedom, milhões presumem que é esse mesmo lugar onde se dará um confronto final contra os judeus. Todavia, é isso certo?

O “Armagedom” representa o auge, o clímax, a batalha final no Apocalipse. Será uma batalha militar no Oriente Médio?

Sejamos coerentes. Por todo o Apocalipse, como acima demonstrado, vimos como termos do Oriente Médio são empregados num sentido cristocêntrico, celestial, espiritual. Quando chega ao “Armagedom”, que é um termo que descreve a grand finale no maior livro simbólico já escrito, faria sentido que o último livro de Deus subitamente mudasse a temática de seu enfoque apontando a um local literal, baseado no Oriente Médio, ou a uma conflagração de alta tecnologia envolvendo russos, chineses, sírios e os judeus literais?

Não precisamos ficar a imaginar como seria isso. A resposta está no contexto de Apocalipse 16:16. Conquanto fuja ao escopo deste artigo discutir os detalhes, eis os principais pontos:

1. A batalha envolve “os reis do mundo inteiro” (vs. 14), o que possivelmente nem poderia ser acomodado no vale de Megido.

2. O enfoque do Apocalipse é “o santuário” do céu (vs. 17), não o Templo judaico a ser supostamente reedificado sobre a Terra.

3. Os efeitos do Armagedom são globais, muito além do Oriente Médio (vs. 18-20).

4. O sistema primário identificado como sendo destruído no Armagedom é a “Babilônia” espiritual (vs. 19), não a Rússia, China ou Síria.

Em essência, o “Armagedom” descreve a batalha final entre o Rei Jesus e Seus exércitos celestiais (Apo. 19:11-19) contra as forças satânicas mundiais e o Mistério: Babilônia. Por ocasião da Segunda Vinda o diabo perde, e seu reino global desaba. Jesus não precisa empregar armas nucleares contra Seus inimigos, mas somente Sua “espada de dois gumes” (Apo. 1:16; ver também Apo. 19:15), que representa a Sua Palavra de verdade (Efé. 6:17). Quando Cristo descer vindo do oriente Ele libertará “Israel” das igrejas de “Babilônia”. Mas a qual Israel Ele libertará? Segundo a temática central de todo o livro de Apocalipse, deve ser o “Israel de Deus” (Gál. 6:16) centralizado em Jesus Cristo cujo lar é a nova Jerusalém (Apo. 21:10).

O Oriente Médio permanece um barril de pólvora. A luta dos EUA contra os radicais muçulmanos prossegue. E não há solução terrena no horizonte. Em meio a esse ambiente de tão alta tensão, milhões de conservadores na América, cristãos politicamente ativos, acreditam que o próprio Deus não só está por detrás do moderno Israel, mas finalmente aniquilará os inimigos do Estado Judeu no Armagedom, uma idéia vigorosamente proclamada no livro Armageddon. Contudo, tal doutrina é contrária ao Novo Testamento.
Além disso, penso que o ensino é na verdade danoso, porque adiciona combustível aos fogos já ardentes na disputa de árabes e judeus. Os Estados Unidos não carecem disso na sua guerra contra o terror!

Um detido estudo da “revelação de Jesus Cristo” demonstra que a insistente teologia de cristãos conservadores respaldando Israel não é verdadeira. O enfoque do Apocalipse não é sobre “Israel segundo a carne” (Israel Um), mas sobre o “Israel de Deus” (Israel Dois) composto tanto de judeus quanto de gentios (inclusive árabes) que têm por centro a Jesus Cristo.

A paz verdadeira só pode ser encontrada num lugar, e é disponível a judeus, palestinos e cristãos da mesma forma. Acha-se ao pé da cruz, no coração de um Homem que nos ama a todos e que morreu pelo mundo inteiro.

___________

1. Ver Grace Halsell, Prophecy and Politics: The Secret Alliance Between Israel and the U.S. Christian Right (Lawrence Hill & Co., 1989).

2. Endtime Magazine, Irvin Baxter, janeiro/fevereiro de 1998, pág. 2.

* Steve Wohlberg é autor de Exploding the Israel Deception e outros livros. Ele é orador e diretor de Endtimes Insights Radio and TV Ministries. Quem desejar maiores informações sobre este tema da parte do autor pode dirigir-se a www.israelinprophecy.com ou dirigir-lhe um e-mail (em inglês) para .

** Numa época de caças bombardeiros supersônicos, mísseis intercontinentais, tropas aerotransportadas, veículos militares anfíbios, um rio literal não representa impedimento algum para modernos exércitos avançarem sobre território inimigo, como ficou mais do que claro na última Guerra do Golfo-II.



"Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor". -- Isaías 1:18.

sábado, 9 de janeiro de 2010

A cura para os abatimentos da alma


“Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim?
Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.”
Salmo 42:5;11 e 43:5

Há vários tipos de depressão... Alguns tipos carecem de tratamento médico ou psicológico, que muitas vezes exige até hospitalização. O tipo mais comum, que vez por outra atinge a maioria de nós, é chamado de “melancolia” ou “ficar para baixo”. Nos salmos 42 e 43, o salmista chama de “abatimento da alma”. É mais ou menos como o relato de certa mãe, que assim se expressou: “Minha carga é pesada e há momentos que me sinto sem forças para continuar... Agora, por exemplo, estou há vários meses desempregada e não consigo colocação em lugar algum... Sinto-me sozinha, deprimida, e desanimada com todos os meus problemas. Não tenho a quem recorrer”...

Os salmos 42 e 43 estão interligados e talvez fossem um único salmo, originalmente. Utilizam linguagem semelhante e registram a mesma carência: saudades do templo e um forte desejo de voltar a Jerusalém para prestar adoração no altar do Senhor. No salmo 42:4, o salmista diz: “Lembro-me destas coisas – e dentro de mim se me derrama a alma –, de como passava eu com a multidão de povo e os guiava em procissão à Casa de Deus, entre gritos de alegria e louvor, multidão em festa”. E no salmo 43:4, ele declara: “Então irei ao altar de Deus, de Deus que é a minha grande alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó Deus, Deus meu.”

O salmista expressa o seu desânimo, ao relatar:- “Sinto abatida dentro em mim a minha alma” (42:6); e “dentro de mim se me derrama a alma”; reclama que os seus inimigos o insultam e oprimem, dizendo repetidamente: “O teu Deus, onde está?”. Sua mente fica confusa, “perturbada”, ele chora, dia e noite, e fica se perguntando: “por que estás abatida, ó minha alma? Por quê te perturbas dentro em mim?” (42:5). A crise se agrava, e, em meio ao mais profundo abatimento, ele fraqueja e formula a pergunta, que não consegue evitar: “O teu Deus, onde está?” (42:3).
Embora os salmos 42 e 43 registrem esses momentos tristes, de abatimento de alma, a mensagem global é positiva: demonstra o anelo da alma por Deus, e a confiança do salmista no Senhor. Esses dois salmos, eram, na realidade, um cântico, dividido em três partes. E, o refrão, que é repetido três vezes (42:5;11 e 43:5), enfatiza justamente a fé e a confiança do salmista no Senhor, para a superação da crise: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.” Esses salmos revelam também três passos importantes, que devemos dar, para alcançarmos, em Deus, a cura para os abatimentos da alma:

Em primeiro lugar, precisamos identificar as razões do abatimento de nossa alma. “Por que estás abatida, ó minha alma.” (42:11). Em segundo lugar, para sair da crise, devemos buscar ao Senhor, com intensidade de alma, com real desejo de saciar a sede: “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo...” (42:1-2). Em terceiro lugar, para acalmar e aquietar a nossa alma, precisamos reafirmar a nossa fé, declarando que o auxílio de Deus não falha; precisamos dizer para a nossa alma: “Espera em Deus, pois ainda o louvarei...” (42:5).

Tende bom ânimo!


“No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo,
eu venci o mundo” - João 16:33b

Muitas são as aflições pelas quais temos que passar... Afligimo-nos com:- problemas; decepções causadas pelas pessoas; quando erramos; cometemos gafes; não conseguimos alcançar as nossas metas; quando a vida nos impõe perdas; quando enfermamos; quando temos carência ou falta de alguma cousa; com os tempos de espera; quando recebemos um não como resposta...

Por serem as aflições inerentes à vida, e ocorrerem em todas as fases da existência humana, precisamos aprender a conviver com elas, e a superá-las, para não cairmos no erro de muitos, de achar que “todo viver é sofrer”, ou que “depois da tempestade, vem outra ainda maior”...

É claro que podemos e devemos agir preventivamente e evitar muitas provações, porém nem todas! Muitas são as aflições imprevisíveis pelas quais teremos que passar! Mas existe um diferencial: a atitude de cada um durante o enfrentamento das aflições. Quando conhecemos a Jesus, aquele que venceu o mundo, ao contrário de nos desesperarmos, somos encorajados a recobrar o ânimo, a renovar a esperança, a recuperar a alegria! O Senhor diz: “...mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”.

O Senhor Jesus sempre procurava reanimar os necessitados de cura, ou aos seus discípulos, dizendo: “tem bom ânimo”! Ele ministrou bom ânimo ao paralítico (Mt 9:2). Quando foi ter com os discípulos, andando por sobre as águas, e eles tomados de medo gritaram, o Senhor Jesus disse: “Tende bom ânimo...” ( Mt 14:27 ). E ainda hoje, quando estamos em meio a mar revolto, passando por aflições e provas, ele fala ao nosso coração: “Tende bom ânimo, sou Eu, não temais...”( Mc 6:50 ).

Essas ministrações de “bom ânimo” do Mestre visavam estimular a fé das pessoas. No texto em análise, também tem esse objetivo. Quando Ele diz: “...eu venci o mundo”, está subentendido que, da mesma forma como o Senhor Jesus enfrentou e venceu as aflições em seu ministério terreno, se tivermos “bom ânimo” (ou seja: fé), nós também venceremos. Assim como Jesus venceu o mundo, pela fé nós também venceremos! “...porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé.” ( I João 5:4 ).

Ter bom ânimo é: não desanimar; não ter medo; não dar lugar a tristeza; manter viva a esperança; tomar coragem; recobrar o ânimo; ter ousadia; ficar confiante; é ter uma nova disposição mental; é não olhar para as circunstâncias, mas avaliar a vida do ponto de vista da fé; é ter fé no Senhor Jesus, e crer que, em todas as provas seremos mais que vencedores ( veja Romanos 8:37 ).

Tende bom ânimo!

O meu socorro vem do Senhor


Monte Sinai

"Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.” - Salmo 121:1-2

Muitos são os montes citados na Bíblia, com significados especiais para cada um deles. O acontecimento de um monte não se repete no outro... Cada um tem a sua especificidade, e podem representar: segurança, proteção, luz, vida, presença do Senhor, lugar de comunhão, lugar de habitação do Senhor, meta de perfeição a ser alcançada, e, ainda, os problemas ou dificuldades da vida.

Neste Salmo o autor não está olhando para um único monte, mas para “os montes”. Isto nos faz pensar que o salmista estivesse tendo uma visão panorâmica, de 360 graus, de vários montes ao redor... Será que ele estava posicionado no centro de Jerusalém, cidade rodeada de montes?... “Como em redor de Jerusalém estão os montes, assim o Senhor em derredor do seu povo, desde agora e para sempre.” ( Salmo 125:2 ). Ao observarmos que a inspiração poética dos salmos 121 e 125, são os montes, e a semelhança que há entre esses dois salmos, imaginamos que o autor seja a mesma pessoa. Se for, então os montes para os quais ele estava olhando eram mesmo os montes ao redor de Jerusalém.

Devido à especificidade do significado de cada monte, o salmista focaliza “os montes”, e, ao correlacionar os significados de cada monte às necessidades da sua vida, ele constata que Deus o tem socorrido sempre, em todas as áreas, então ele reafirma a sua fé no Deus Todo Poderoso, criador do céu e da terra, declarando enfaticamente: “O meu socorro vem do Senhor.”! E nos versos seguintes ele detalha esse socorro...

A expressão “Ele não permitirá que os teus pés vacilem” (v.3), aponta para socorro moral. Nos textos bíblicos, em geral, essa figura do pé que escorrega, vacila, tropeça e faz cair, caracteriza a queda moral. Deus é socorro moral, é força para o trôpego, para o fraco, para aquele que está prestes a cair.

Quando ele diz: “O Senhor guardará a tua alma” (v. 7), ele está falando de socorro espiritual e psíquico. Deus é proteção para o mundo interior, para a psiquê do homem. Protege espiritualmente, emocionalmente e psicologicamente.

Ele também se refere ao socorro físico, ao afirmar: “O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita. De dia não te molestará o sol, nem de noite, a lua. O Senhor te guardará de todo mal...” (vs. 5-7). Há muito desgaste físico durante o enfrentamento dos problemas, na luta pela sobrevivência. Nessas horas, declare com fé: “O meu socorro vem do Senhor.”

Ao perceber que, na realidade, Deus é socorro para tudo o mais, o salmista diz: “O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre.” (v.8) . A expressão “a tua saída e a tua entrada” é uma figura de linguagem usada para indicar “tudo o que fizeres”. Deus vigia e guarda o tempo inteiro, em cada circunstância, e para sempre, ao que nele confia e espera! “não dormitará aquele que te guarda. É certo que não dormita nem dorme o guarda de Israel. O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita.” (vs. 3-5).

No dia-a-dia da vida, em meio às lutas e problemas, nos momentos mais duros e cruéis, quando ocorrer a pergunta: “De onde me virá o socorro?”, olhe para “os montes” e declare em fé, sem vacilar: “O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.”

Como superar crises no casamento


A família que ora unida, permanece unida

O casamento existe pela iniciativa de Deus. Foi Deus quem o planejou e o instituiu no Jardim do Éden. Primeiro o Senhor Deus formou Adão (Gênesis 2:7-8). Decorrido algum tempo, vendo Deus que não era bom que o homem estivesse só, decidiu:"...far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea." - Gênesis 2:18. E assim o Senhor fez: "E a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher, e lha trouxe." - Gênesis 2:22. Podemos afirmar que Deus foi quem celebrou o primeiro casamento!

E assim o homem e a mulher felizes iam vivendo os seus dias... Porém, a serpente, que é Satanás, o opositor a Deus,desde aquela data vem investindo furiosamente contra a família, provocando crises com o objetivo de desintegrá-la. Contudo, nós sabemos que o diabo não é o único responsável pelas crises conjugais e familiares. O ser humano é o principal responsável pelos seus atos, erros e acertos...

São três as fontes das crises familiares:- 1) Satanás, que é o autor de todo mal; 2) Os próprios membros da família, quando deixam de observar as boas regras de convívio familiar; 3) Fatores externos que interferem no relacionamento familiar, exercendo ação opressora.

Porém, independentemente de qual seja a origem, todas as crises familiares ou conjugais podem e devem ser superadas através...: a) da fé em Deus; b) de orações a Deus Pai, em nome de Jesus; c) do esforço humano - mediante mudança de conceitos e forma de agir.

Considerando que, por trás de toda crise familiar sempre há a interferência de Satanás, é preciso fazer da oração a Deus a arma número um para superação da crise. Os familiares ou cônjuges devem se reunir diariamente para orações em conjunto. "A família que ora unida, permanece unida"!

Todos devem orar, cada um por sua vez, abraçados, e liberar amor e perdão mutuamente. Devem ainda disporem-se a mudar de vida, e a viverem de forma diferente, daí para a frente! Ainda nas suas orações, devem tomar posse da vitória pela fé, e devem declarar audivelmente que já estão vitoriosos em O nome de Jesus!

Vendo propósito de cada um em mudar de vida, e a fé demonstradas em oração, Deus agirá prontamente em três níveis: 1) dará forçar aos membros da família para conseguirem viver dentro do novo ideal proposto; 2) repreenderá os fatores externos, abrindo uma porta de livramento e vitória; 3) expulsará Satanás, que imediatamente se retirará da crise!

Com certeza, a paz voltará a reinar, e a vitória virá, e não tardará!
A família que ora unida, permanece unida

Crises

Crises

Encarando e Vencendo as Crises

“Não fosse o Senhor, que esteve ao nosso lado, Israel que o diga;…” - (Salmo 124:2-3)

Você já notou que, em geral, as crises vêm inesperadamente ?

Mas nem todas! Algumas crises são precedidas por avisos, mas a maioria das pessoas ignoram esses avisos, e acabam sendo apanhadas de surpresa!

Os dias que vivemos hoje são muito difíceis… Há crises de toda espécie, por todos os lados… Não tem prá onde correr! Crise sentimental, habitacional, psicológica, de desemprego, financeira, e ainda aquelas decorrentes de problemas naturais como:- secas, enchentes, tempestades, furacões, tufões, ciclones, terremotos, maremotos, tsunâmis…

E o futuro não é nada promissor… A Palavra de Deus declara que os homens desmaiarão aterrorizados com os acontecimentos que estão por vir: “Em todo o mundo muitas pessoas desmaiarão de terror ao pensarem no que vai acontecer, pois os poderes do espaço serão abalados.” - (Lucas 21:26).

Por mais que o homem tente se prevenir, se precaver ou se preparar para as crises, elas sempre surpreendem com algum elemento novo que faz desmoronar o esquema de defesa montado…

Mas nem tudo é tragédia! A Palavra de Deus nos ensina sobre como devemos encarar e enfrentar as crises, e Deus nos fortalece e prepara para atravessá-las, e mais que isso:- Ele atravessa a crise conosco, ao nosso lado, nos protegendo, nos sustendo com a sua poderosa mão, nos estimulando…

O Rei Davi experimentou isso bem de perto, e testemunha dizendo: “Não fosse o Senhor, que esteve ao nosso lado, Israel que o diga; não fosse o Senhor, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós, e nos teriam engolido vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós; as águas nos teriam submergido, e sobre a nossa alma teria passado a torrente; águas impetuosas teriam passado sobre a nossa alma.” (Salmo 124:1-5).

O certo é o seguinte:- não devemos nos arriscar a enfrentar crises confiados apenas em nossas próprias forças e capacidade humana! Devemos seguir os exemplos dos salmistas e reconhecer a nossa dependência do Senhor, e confiarmos que Ele está ao nosso lado o tempo todo, nos cercando e nos protegendo, como os montes ao redor de Jerusalém… “Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se abala, firme para sempre. Como em redor de Jerusalém estão os montes, assim o Senhor, em derredor do seu povo, desde agora e para sempre.” - (Salmo 125:1-2).

Devemos encarar as crises de frente, de cabeças erguidas, confiados no Senhor, e enfrentá-las com coragem, na certeza da vitória, declarando em todo o tempo como Davi: “O nosso socorro está em o nome do Senhor, criador do céu e da terra.” - (Salmo 124:8).

Passada a tempestade, o livramento do Senhor nos encherá de gozo e de alegria, e, com brados de júbilo e gratidão a Deus, haveremos de declarar como o salmista: “Não fosse o Senhor, que esteve ao nosso lado…”.

A Presença Do Senhor

A Presença Do Senhor Nos Acompanha

Jesus Cristo disse aos seus discípulos: “No mundo passais por aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (Jo 16:33). Ele não garantiu que a vida do crente seria um “Mar de Rosas”, tampouco que os cristãos seriam “Intocáveis”, ou “Imunes” a tentações, aflições, enfermidades, adversidades ou problemas.

O Apóstolo Tiago também orientou aos crentes assim: “Meus irmãos, tende por motivo de toda a alegria o passardes por várias provações…” (Tg 1:2). E Paulo afirma: “Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo, e não somente de crerdes nele.” (Fp 1:29).

E o próprio Apóstolo Paulo enfrentava um certo problema sobre o qual três vezes orou ao Senhor solicitando livramento (2 Co 12:8), mas a resposta de Deus foi: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza.” (2 Co 12:9).

Contudo, o Senhor não abandona os seus filhos na hora da provação ou sofrimento. Ele esteve com Daniel, na cova dos leões; com os três hebreus na fornalha de fogo ardente; o tempo todo com José no Egito; visitou e livrou Paulo e Silas da prisão; e esteve também com Estevão na hora do seu apedrejamento!

Deus é fiel! Ele prometeu estar conosco todos os dias, até a consumação dos séculos; e Ele cumpre o que prometeu! A sua presença está sempre ao nosso redor, para nos amparar, encorajar, estimular, animar, socorrer e ajudar, a fim de que alcancemos bom êxito e, em tudo, sejamos mais que vencedores.

Deus está, e sempre estará, presente em nossas vidas, mesmo nas horas de sofrimentos e tribulações. Basta olhar com os olhos da fé, discernir espiritualmente as situações para se perceber nitidamente a Sua gloriosa presença!

É por isto que o cristão é otimista sempre! Não se deixa abalar ou abater com a crise, mas luta com bravura contra toda adversidade, confiando no Senhor e na força do Seu poder. Vai orando o tempo todo, e, tendo fé em Deus, ordena aos montes que se interpõem no seu caminho que se levantem e se lancem ao mar! Não cessa de louvar e glorificar a Deus mesmo em meio a lutas e provações!

E Deus, no Seu devido tempo, repreende a fúria do vento, ordena que o mar se acalme, decreta bonança, e concede a vitória!

Faça Aos Outros O Que Você Deseja Que Lhe Façam...

Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles”. Mt 7:12 - ARA

As pessoas de um modo geral estão tão preocupadas com o que esperam receber que nem sobra tempo para se preocuparem com o que podem dar…

Com estas palavras o Senhor Jesus está ensinando a semeadura da vida! Colhe-se aquilo que se planta, e de acordo com a mesma espécie da semente plantada!

Quem aplica na sua vida este princípio bíblico ensinado por Jesus, certamente colhe frutos em abundância!

Antes de esperar e cobrar das pessoas uma atitude boa para conosco, devemos nos auto-indagar:- Qual tem sido a minha postura para com os meus amigos, colegas, companheiros, irmãos? Que tipo de tratamento eu tenho dispensado a eles?

O entendimento das palavras de Jesus deve nos levar a dispensar às pessoas atenção especial e tratamento vip…

Muitas são as interpretações que podemos ter destas palavras profundas do Senhor Jesus. Penso que Ele quis dizer:-

1. Valorize as pessoas:- Não há ninguém no mundo que não goste de ser apreciado, reconhecido… E você?
2. Elogie os pontos positivos das pessoas:- Faça saber às pessoas os pontos positivos que você percebeu nelas! Procure sempre colocar as pessoas prá cima, e nunca prá baixo! Ajude-as a desenvolverem a auto-estima. Faça elogios públicos e não apenas a dois …
3. Confie. Henry Stimson disse:- “A única maneira de você transformar alguém em uma pessoa digna de confiança é confiando nela”. Sei que não é fácil, mas é o que as palavras de Jesus estão nos ensinando… Se você deseja merecer confiança aprenda a confiar primeiro! Lembre-se: “A pessoa que confia nos outros tem muito mais a ganhar do que aquela que não confia em ninguém.”